Indiguinação Da Olimpiada
Ativistas protestam após morte de onça que participou de tour da tocha
Juma que participou de evento no AM escapou e foi morto por militares.
Ato quer alertar para uso de animais silvestres em eventos.
Ativistas ligados a entidades de proteção aos animais fizeram um protesto na manhã deste sábado (25) contra a Morte da onça Juma,
Tocha Olímpica em Manaus. Cerca de 30 pessoas participam do ato, que começou às 9h. O protesto foi pacífico.
Os organizadores explicam que o movimento tem como objetivo pedir que animais silvestres deixem de ser exibidos em eventos na capital, como cerimônias de 7 de Setembro, por exemplo. Todos os anos, onças participam dos desfiles cívicos no Sambódromo.
Com a campanha "#SomosTodosJuma" a manifestação pretende chamar a atenção de toda a população sobre os riscos à saúde dos bichos. Juma era mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS) e tinha entre 8 e 9 anos.
Com cartazes e vestidos com camisetas brancas, os manifestantes se concentraram em frente ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), na Zona Oeste da capital do Amazonas - local onde Juma foi morta.A mobilização foi marcada pelas redes sociais após a divulgação da morte da onça.
Também há uma petição que pede o fim da exposição de animais em eventos. O documento deverá ser encaminhado ao Ministério Público."A petição é para que o Exército repense a utilização de animais silvestres em eventos. Não somos contra o Exército. O que nós queremos é pressionar para que o Exército repense a forma como explora a onça para fins de entretenimento e animais silvestres em geral. O animal fica sob estresse e tem outros desgastes", afirma Joana Darc Cordeiro, presidente da Ong Pata-Manaus. Na quinta-feira (23), o grupo protocolou no Comando Militar da Amazônica (CMA) um requerimento pedindo explicações sobre o caso.
A funcionária pública Ana Lins, de 45 anos, que participou do protesto para dar força ao movimento, afirma que é contra a exploração de animais. Ela disse que a morte da onça Juma poderia ter sido evitada.
"Achei um absurdo o abatimento. Sei que foi necessário para preservar a vida, mas condeno o uso de animais em eventos mesmo que seja para as olimpíadas. O trabalho que o Exército faz de resgate é similar aos que as Ongs fazem, não acho que eles foram culpados, acho que a culpa é do Comitê Olímpico e eles mesmo assumiram que erraram. Poderia ter sido evitado", conta.
Entenda o caso
A onça Juma foi abatida pelo Exército após fugir e avançar contra um militar. O fato ocorreu na segunda-feira (20), após o local receber o "Tour da Tocha".
A onça Juma foi abatida pelo Exército após fugir e avançar contra um militar. O fato ocorreu na segunda-feira (20), após o local receber o "Tour da Tocha".
Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), a onça escapou no momento em que o Cigs estava fechado para visitas. Uma equipe de militares composta de veterinários especializados tentou resgatar o animal. Porém, mesmo atingido com tranquilizantes, Juma se deslocou em direção a um militar e foi realizado um tiro de pistola por medida de segurança. O animal morreu no local.
O CMA diz ainda que onça morta não era "protagonista" de tour da Tocha.
O CMA diz ainda que onça morta não era "protagonista" de tour da Tocha.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas disse que não havia autorização para que a onça Juma participasse do evento.
O Centro de Instrução de Guerra na Selva abriu uma sindicância para investigar exatamente o que aconteceu e apurar as responsabilidades.
Críticas
Ambientalistas criticaram o ocorrido. Ao G1, Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado.
"O incidente no Cigs aconteceu pelo simples fato dele [o animal] ser uma onça. Animais selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles nesse tipo de situação", disse "Erramos"
O Centro de Instrução de Guerra na Selva abriu uma sindicância para investigar exatamente o que aconteceu e apurar as responsabilidades.
Críticas
Ambientalistas criticaram o ocorrido. Ao G1, Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado.
"O incidente no Cigs aconteceu pelo simples fato dele [o animal] ser uma onça. Animais selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles nesse tipo de situação", disse "Erramos"
Diante da repercussão, o Comitê Rio 2016 publicou um comunicado em sua página oficial nas redes sociaiso analista ambiental . acorrentado, uma cena, segundo a nota, que contraria as crenças e valores do evento. O Comitê Rio 2016 garantiu que situações como essa não vão se repetir.
Em nota, o Exército afirmou que, em todas as suas unidades, sempre seguiu as condições legais previstas pelos órgãos competentes para a defesa e preservação da onça-pintada da Amazônia e que essa é uma questão levada a sério pela instituição. O Exército declarou também que a luta pelo desenvolvimento sustentável é uma obrigação militar.
Agradecido: Escorpião
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