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Tapa-sexo: do gancho à calcinha transparente, veja a evolução da peça mais polêmica do carnaval


Peça usada por musas nos desfiles das escolas de samba dá ibope, mas risco de cair na avenida pode fazer escola perder pontos; conheça os tipos de tapa-sexo.
O tapa-sexo é provavelmente a peça mais polêmica 
do carnaval. As musas que desfilam na avenida sabem que, com
 o movimento do samba e o suor do calor da emoção, é
perigoso a peça cair ou se deslocar.

Além da exposição do corpo em pleno Sambódromo do
 Anhembi, em São Paulo ou na Marquês de Sapucaí, no Rio
 de Janeiro, ter problemas com a peça pode fazer a escola 
perder pontos caso seja essa a avaliação dos jurados.

Porém, o ibope de usar a peça também é grande, o que faz 
todos os anos várias musas se arriscarem. Em 2018, a 
madrinha da X-9 Paulistana Tarine Lopes teve o tapa-sexo 
deslocado do corpo ainda na concentração e teve de cruzar
 a avenida segurando a peça com a mão.

Falando com Tidi Conegundes, do ateliê David Dias, que 
mostrou como a evolução do tapa-sexo teve a intenção de 
deixar a peça mais segura sem perder o efeito sexy.
“É uma peça controversa que evitamos fazer porque é muito 
comum dar problema”, diz ele.
Os principais tipos de tapa-sexo são três: o gancho, feito 
geralmente de metal, que é encaixado na mulher e fica preso 
sob pressão, o adesivo, mais usado quando a musa vai desfilar 
com o corpo pintado, e a calcinha feita com um tecido transparente 
chamado ilusion, que dá a ilusão de que a mulher está nua, quando
 na verdade não está. 

Cinco polêmicas com tapa-sexo

1) O recorde perdido

Com 15 anos de avenida, dos quais 12 desfilando de tapa-sexo, Dani Sperle, 37 anos, musa da União da Ilha, tem duas certezas

 é a rainha do acessório e não vai mais tentar bater o 

recorde de menor tapa-sexo da Sapucaí.

Em 2017, Dani perdeu o tapa-sexo que estava usando

Ela precisou improvisar outro para conseguir desfilar. 

“Já bati o recorde com 2,4cm. Outras musas até tentaram 

usar menor, mas não tem como vir com menos do que aquilo, 

senão fica aparecendo. O recorde já é meu, já foi dado e me 

considero a rainha do tapa-sexo”, diz.

2) Sufoco no Anhembi



  • Em 2018, a madrinha da X-9 Paulistana Tarine Lopes teve o
  •  tapa-sexo deslocado do corpo ainda na concentração e teve 
  • de cruzar a avenida segurando a peça com a mão. 
  • "Simplesmente foi o pior desfile da minha vida.
  •  Já na concentração ele começou a folgar, eu senti 
  • um desconforto e fiquei desesperada. Entrei na avenida
  •  com esse empecilho e fui segurando o tchan a avenida inteira",
  •  relembra Tarine.

  • 3) Preso com cola de madeira

  • Em 2017, Suelen Mayara, que é árbitra de futebol, desfilou com
  •  uma pintura corporal, que representa a arte de rua e prendeu o 
  • tapa-sexo com cola de madeira para sair na Acadêmicos do 
  • Tucuruvi em sua primeira vez no carnaval de São Paulo.

  • 4) Só com lupa


No carnaval do Rio de 2015, Andrea Martins, musa da Unidos de 
Padre Miguel, passou ostentando o menor tapa-sexo da avenida,
 com 1,5 cm.

5) Com a cara da Dilma

Em 2016, em São Paulo, modelo Ju Isen quis usar o tapa-sexo 
com a imagem da então presidente Dilma Rousseff em protesto 
contra o governo federal e disse ter sido impedida pela escola 
durante o desfile da Unidos do Peruche. "Não sei por que proibiram,
 mas estou muito chateada. Estou me sentindo injustiçada", 
disse Isen na concentração do Anhembi. No meio do desfile, 
ela tirou a fantasia e ficou nua. Foi imediatamente expulsa da avenida.

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