Previdência: Guedes diz que reforma de militares deve chegar ao Congresso na quarta

  Segundo ministro, reestruturação de carreiras não significa aumento de salários: 'Generais ficaram para trás', disse Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a proposta da reforma da Previdência dos militares deverá chegar até quarta-feira no Congresso Nacional. Segundo ele, o texto deverá passar por ajustes até o hora que for entregue aos parlamentares.

A ideia é que no dia 20 esteja pronta. O presidente vê, dá o ok e manda para o Congresso. Eu sei que há ajustes sendo feitos até de última hora — disse o ministro.

A apresentação de uma projeto para mudar o sistema de aposentadoria dos militares foi uma exigência dos parlamentares para apreciar a reforma da Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores civis. As regras dos militares serão as mesmas a serem adotadas para PMs e bombeiros . Estas categorias, porém, não terão a mudança na estrutura de carreira prevista para os militares.

Guedes afirmou que a reforma previdenciária dos militares não prevê aumento de salários, mas sim o que ele caracterizou como reestruturação das carreiras nas Forças Armadas. O ministro sustentou ainda que o governo corre para finalizar a proposta até esta quarta.

— As pessoas estão confundindo (as mudanças na aposentadorias dos militares) com aumento de soldo — disse Guedes, salientando que a intenção da reforma é corrigir distorções na carreira:

Uma pessoa que passa no concurso público para o Judiciário ganha R$ 18 mil. Um general ganha R$ 22 mil. Realmente houve uma descompensação ao longo desse tempo. Ou aumentaram demais a carreira inicial do Judiciário, do Legislativo, ou ficaram para trás os generais. Estão estudando como se reestrutura a carreira (dos militares) para isso não continuar acontecendo.

O ministro da Economia acompanha o presidente Jair Bolsonaro em Washington, que está nos Estados Unidos para assinar acordos com o país da América do Norte e fortalecer os laços com o presidente Donald Trump.