João de Deus é interrogado novamente e usa direito de ficar calado pela primeira vez, diz MP
Defesa do médium preso suspeito de abusos disse que não teve acesso ao material sobre o qual o cliente seria questionado, por isso não teve tempo de prepará-lo. Médicos indicaram internação dele por apresentar quadro de depressão grave.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) interrogou
o médium João de Deus nesta sexta-feira (8) e, segundo o
órgão, pela primeira vez o médium usou do direito de ficar
calado. Ele está preso em Aparecida de Goiânia, na Região
Metropolitana da capital, suspeito de abusos sexuais, posse
ilegal de arma e coação de testemunhas, mas sempre negou
os crimes.
Um dos advogados que representa o médium, Alex Neder,
disse que a defesa só recebeu o material do MP a respeito
do interrogatório na noite de quinta-feira (7), por isso não teve
tempo de preparar o cliente.
"Eu registrei um protesto por não termos o nosso direito de
ter acesso à cópia da investigação a tempo. Registrei o meu
protesto na ata por não termos acesso aos elementos de
investigação com antecedência e, como ele assinou a ata
de que iria usar esse direito de ficar calado, eles
[os promotores] não fizeram nenhuma pergunta", afirmou.
Laudos médicos pedidos pela defesa do médium apontam
que ele perdeu 17 kg desde que foi detido e que “sua saúde
tem piorado apesar da boa vontade dos funcionários do Núcleo
de Custódia”, onde está detido. O documento detalha que João
de Deus “passa a maior parte do tempo deitado, sem ânimo
para nada”, além de dormir mal e chorar com frequência.
O psiquiatra Leo de Souza Machado, que assinou a avaliação
psiquiátrica, afirmou no documento que o preso apresenta
“prejuízo em domínio de memória e atenção e linguagem”
e o diagnosticou com transtorno depressivo grave.
O médico avaliou que o emagrecimento de 20% do peso
corporal exige “melhor investigação diagnóstica, internação
hospitalar para cuidados clínicos e psiquiátricos”. No laudo
ele também recomenda “transferência o mais rápido
possível para hospital de alta complexidade”, sob risco
de “negligência médica”.
O cardiologista Alberto de Almeida Las Casas Junior
também indicou a internação do médium para exames
complementares e ajustes na medicação. Ele avaliou
que o paciente está com 104 kg, tem pressão alta, apresenta
dor e edema na perna direita, tremores nas mãos, tontura
esporádica, pouco sono e perda de apetite.
Também conforme o laudo do médico, o médium está sob
uma estrutura considerada inadequada para uma pessoa
de 77 anos e aconselha que ele tenha um enfermeiro ou
cuidador com ele 24 horas por dia.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) interrogou
o médium João de Deus nesta sexta-feira (8) e, segundo o
órgão, pela primeira vez o médium usou do direito de ficar
calado. Ele está preso em Aparecida de Goiânia, na Região
Metropolitana da capital, suspeito de abusos sexuais, posse
ilegal de arma e coação de testemunhas, mas sempre negou
os crimes.
Um dos advogados que representa o médium, Alex Neder,
disse que a defesa só recebeu o material do MP a respeito
do interrogatório na noite de quinta-feira (7), por isso não teve
tempo de preparar o cliente.
"Eu registrei um protesto por não termos o nosso direito de
ter acesso à cópia da investigação a tempo. Registrei o meu
protesto na ata por não termos acesso aos elementos de
investigação com antecedência e, como ele assinou a ata
de que iria usar esse direito de ficar calado, eles
[os promotores] não fizeram nenhuma pergunta", afirmou.
Laudos médicos pedidos pela defesa do médium apontam
que ele perdeu 17 kg desde que foi detido e que “sua saúde
tem piorado apesar da boa vontade dos funcionários do Núcleo
de Custódia”, onde está detido. O documento detalha que João
de Deus “passa a maior parte do tempo deitado, sem ânimo
para nada”, além de dormir mal e chorar com frequência.
O psiquiatra Leo de Souza Machado, que assinou a avaliação
psiquiátrica, afirmou no documento que o preso apresenta
“prejuízo em domínio de memória e atenção e linguagem”
e o diagnosticou com transtorno depressivo grave.
O médico avaliou que o emagrecimento de 20% do peso
corporal exige “melhor investigação diagnóstica, internação
hospitalar para cuidados clínicos e psiquiátricos”. No laudo
ele também recomenda “transferência o mais rápido
possível para hospital de alta complexidade”, sob risco
de “negligência médica”.
O cardiologista Alberto de Almeida Las Casas Junior
também indicou a internação do médium para exames
complementares e ajustes na medicação. Ele avaliou
que o paciente está com 104 kg, tem pressão alta, apresenta
dor e edema na perna direita, tremores nas mãos, tontura
esporádica, pouco sono e perda de apetite.
Também conforme o laudo do médico, o médium está sob
uma estrutura considerada inadequada para uma pessoa
de 77 anos e aconselha que ele tenha um enfermeiro ou
cuidador com ele 24 horas por dia.
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