Emissão de bitcoins cai pela metade pela 2ª vez na história da moeda
Emissão de bitcoins cai pela metade pela 2ª vez na história da moeda
Liberação de novas moedas cai de 25 bitcoins para 12,5 bitcoins.
Alteração está no código do sistema de pagamento, criado em 2009.
O bitcoin vai passar por uma mudança neste sábado (9) que, mesmo profunda, foi programada há tanto tempo que é capaz de fazer inveja ao cronograma de qualquer Banco Central mundo afora: a emissão de novas unidades da moeda digital vai cair à metade. O detalhe é que a medida está prevista há sete anos.
Cotado a US$ 652 a unidade na última sexta-feira (8), o bitcoin já movimenta um mercado de US$ 10,2 bilhões.
Sem bancos como intermediários e não regulamentada por autoridades financeiras, a moeda só existe no ambiente virtual. A forma como ela funciona está em linhas de código de computador e não sobre o controle de algum órgão monetário estatal. Os valores são transferidos entre "carteiras", que existem nos computadores dos usuários.
Transações públicas
Todas as transações com bitcoin são registradas em um sistema aberto ao público –é possível até conferir quem mandou que quantia para quem, desde que você saiba o código da carteira dos dois. Essas operações são reunidas em blocos, depois incorporadas a uma corrente –é essa sequência de transferências que pode ser acessada.
Só que essas engrenagens não funcionam sem os chamados “mineradores”, máquinas com grande poder computacional. São elas quem solucionam as operações criptográficas necessárias para quem uma transferência seja
O gatilho para a alteração entrar em curso está no documento que descreve a moeda, de 2009, e presente no código que a faz funcionar: ocorre todas as vezes que o sistema inclui 210 mil novos blocos à corrente. Uma restrição na emissão já ocorreu uma vez, em 2012.
Feito para ser escasso
“Isso tem uma lógica. O protocolo do bitcoin foi desenhado a partir de algumas premissas básicas. A primeira é a questão do teto e do valor total de circulação, em 21 milhões de moedas”, explica Safiri Félix, presidente-executivo da corretora brasileira de bitcoins CoinBR
Ele explica que, como surgiu na esteira da crise financeira de 2008, a moeda possui como características alguns mecanismos que evitam que a ação de membros do mercado, como bancos centrais, exerçam alguma influência sobre ela. “Se tem moeda demais circulando, o poder de compra do cidadão é prejudicada”, diz Félix. Ou seja, o bitcoin foi feito para ser escasso. Atualmente, há 15,75 milhões de moedas na praça.
A comunidade em torno do meio circulante espera que a próxima restrição do tipo, que levará as recompensas a 6,25 bitcoins, ocorra em 2020. E a previsão de que a circulação atinja seu teto já tem data: 2140.
Ao passo que a remuneração fica menos generosa, outra forma de ganhar dinheiro alimentando o sistema do bitcoin pode ganhar força: as taxas para fazer transações. Opcionais, elas são pagas para que uma transferência seja priorizada e passe na frente de outra. Os valores são baixos, variam entre R$ 0,50 e R$ 0,80.
As transações do bitcoin ocorrem instantaneamente –o valor enviado de uma carteira é depositado na hora na carteira de destino. Só que ele só pode ser movimentado quando a transação é confirmada, ou seja, entra na “corrente de blocos”. “Esse envio é como fazer um ‘doc’ no banco. O dinheiro aparece como saldo na sua conta corrente, mas fica bloqueado até ser confirmado”, explica Félix.
Todas as transações com bitcoin são registradas em um sistema aberto ao público –é possível até conferir quem mandou que quantia para quem, desde que você saiba o código da carteira dos dois. Essas operações são reunidas em blocos, depois incorporadas a uma corrente –é essa sequência de transferências que pode ser acessada.
“Isso tem uma lógica. O protocolo do bitcoin foi desenhado a partir de algumas premissas básicas. A primeira é a questão do teto e do valor total de circulação, em 21 milhões de moedas”, explica Safiri Félix, presidente-executivo da corretora brasileira de bitcoins CoinBR
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