Veja as 5 mentiras mais comuns em currículos, segundo recrutadora
No desespero para conseguir uma vaga de
emprego, alguns candidatos chegam a apelar para
mentiras. Mas aquela "melhoradinha" no currículo
que parece inofensiva pode riscar o nome de um
profissional de vez da lista de possibilidades de contratação
de uma empresa.
É o que diz Renata Motone, coordenadora de recursos
humanos da companhia de recrutamento Luandre.
Para ela, além de não ter as qualificações
requeridas, o mentiroso ainda demonstra falta de ética.
"Frente a tudo que se acompanha no noticiário sobre a
vida política no Brasil, a última coisa que queremos
incentivar é a mentira".
Veja abaixo quais são as mentiras mais comuns nos
currículos dos candidatos e dicas da recrutadora
para fazer marketing pessoal sem maquiar o currículo:
Salário anterior maior
Segundo Renata, há quem minta o salário anterior
para tentar ganhar vantagem na hora de negociar a
remuneração para o próximo emprego. Ela diz que a
estratégia não funciona muito porque existe uma
média salarial para cada cargo, que é conhecida pelos recrutadores.
"Ainda estamos num momento de crise, mas ir à
mesa de negociação é a melhor maneira. Nunca vimos
nenhum caso em que o empregador baixou o salário
oferecido porque a pessoa ganhava menos.
Os valores já estão estabelecidos previamente", diz.
Falsa fluência em idiomas
Outra mentira comum, de acordo com a especialista,
é apontar no currículo um nível de domínio de língua
estrangeira mais alto do que de fato se tem.
"A questão é que na primeira prova escrita ou entrevista
oral já se nota a diferença entre o real e o que se conta no currículo", afirma.
Ela recomenda ser honesto, já que há vagas em que
um inglês intermediário ou básico são suficientes.
Falso voluntariado
Muita gente acha que pega bem ter no currículo experiência
como voluntário e engajamento em causas sociais, mas não
passam autenticidade na hora da entrevista, diz Renata.
A coordenadora destaca que esse não é um ponto decisivo
na maior parte das entrevistas e que só deve constar na
ficha de apresentação se a real experiência do candidato
puder contribuir com a empresa na qual ele tenta ser
contratado.
Universidade 'de ponta'
Renata Motone diz que há candidatos que mentem sobre a universidade em que se graduaram para ganhar status, mas
que isso é "bobagem".
Segundo ela, mais importante do que a instituição em
que o candidato estudou é que ele consiga comprovar seu conhecimento. "Onde o candidato cursou a faculdade
não é um ponto decisório".
Motivo da demissão
Para Renata, não há problema nenhum em admitir que
foi demitido. Isso é algo normal no mercado e pode
acontecer por motivos bastante variados.
Ela recomenda, porém, que o candidato evite falar mal
da empresa anterior, mesmo que o desligamento não
tenha sido amigável.
"Tentar atacar o antigo empregador só gera dúvidas ao
selecionador sobre o caráter do candidato. O melhor é
ser direto sobre o motivo da demissão e ter uma atitude
o mais neutra possível sobre o assunto. Nunca demonstre nervosismo ou raiva neste momento", aconselha.
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