Header Ads

Com síndrome genética, veterana da Guerra das Malvinas luta para ser aceita como mulher


Jornal argentino conta a história de Tahiana, de 52 anos, que nasceu no corpo de um homem e com uma alteração cromossômica.
Tahiana Marrone, batizada ao nascer como Osvaldo, lutou nas fileiras 
argentinas na Guerra das Malvinas aos 18 anos. Neste domingo (2), 
ela recebeu um convite para ser homenageada pelo serviço militar 
prestado, mas disse não ter ido pela medalha. Ela queria ser reconhecida 
como uma mulher, decisão que tomou há dois anos. As informações são
 do jornal argentino "Clarín".
Tahiana nasceu na província de Córdoba, na Argentina, e tem a síndrome

 de Klinefelter: condição genética em que o homem nasce com uma
 cópia extra do cromossomo X - ou seja, seu genoma fica XXY, sendo
 que o comum é XY. "Desde o primário tinha uma guerra interna entre 
ser homem e mulher. Eu me sentia mais confortável em me vestir como
 uma menina e, em pouco tempo, ganhava olhares dos outros que me 
obrigavam a ser homem: vivi condicionada pela minha família e pela 
sociedade", disse em entrevista ao "Clarín".
Ela conta que decidiu ir a um especialista aos 21 anos, quando 
descobriu a síndrome e recebeu um tratamento a base de testosterona.
 "O tratamento me masculinizou. Cresceu minha barba e experimentei 
mudanças no sentido sexual", contou.
Tahiana chegou a se casar e ter filhos. Disse, ainda, que nunca deixou 
de se sentir feminina. Durante o tratamento com a testosterona, 
os efeitos provocavam um desequilibrio hormonal e sérios transtornos 
de caráter, que a "deixavam um Osvaldo agressivo". Ela parou de 
tomar as injeções e se determinou a ser uma mulher.

"Por sorte, me respeitaram e acompanharam durante toda a minha transformação", disse sobre seus encontros com ex-combatentes da 
guerra. Ela contou como foi o evento neste domingo, uma homenagem
 por seu tempo nas Malvinas.
"Fui ao evento com dois amigos que também estiveram na Guerra das
 Malvinas. E me senti muito confortável. Estou orguhosa de poder me 
mostrar como sou. Toda a vida me vesti de mulher em minha intimidade,

 mas hoje posso sair na rua e isso me faz bem. Troquei de gênero, mas 
sou a mesma pessoa que estava morta de medo dentro da trincheira", completou.
De acordo com o jornal , ela vive na cidade de Santa Fe, a 16 
km da capital da província, onde trabalha como técnica em sistemas 
da loteria.

Nenhum comentário

Escorpião. Tecnologia do Blogger.