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Olha a Explosão : Kondzilla vira maior canal do YouTube no Brasil e quer dominar funk além de clipes


Canal chega a 5,5 bilhões de views e supera Galinha Pintadinha; agora diretor também é empresário de MCs, faz publicidade e diz: ‘Quero ser o maior comunicador com jovens de comunidade do Brasil’.
A cada segundo, 254 pessoas clicam em um dos clipes de funk feitos por 
Kondzilla. Com 5,5 bilhões de visualizações, ele superou os desenhos da 
Galinha Pintadinha e se tornou, desde o início de abril, o maior canal do
 YouTube no Brasil em número de views. Equipe visitou a casa na Zona
 Leste de SP de onde sai um clipe por dia – e planos grandiosos.
 “O normal é que todo vídeo tenha 1 milhão de views em 24h”, conta
 Konrad Dantas, o Kondzilla.

Na casa de dois andares trabalham 35 funcionários, fixos e 
freelancers, gravando ao menos dois vídeos simultaneamente. 
Cada produção custa a partir de R$ 50 mil. O chefe tem 28 anos 
e pensa grande. Agora também é agente de artistas para shows 
(Guimê, Bin Laden, Kevinho e Tati Zaqui no casting). Começou a
 empresa no seu quarto e quer abrir escritórios “até em Marte se 
tiver uns marcianos querendo fazer clipe”.

2 – A sacada do público

“Decidi fazer videoclipe de funk porque eu vi os

 vídeos de um cara chamado Mc Lon. Ele fazia 

com um celular Motorola V3, em cima da

 laje, batendo com a palma da mão, e tinha

 7 milhões de views. Falei: ‘Se o cara com um

 V3 tem 7 milhões, qualquer coisa que eu fizer 

estudando um pouquinho vai dar mais audiência’. 

E começou a dar.

Na verdade eu faço audiovisual para música, e o funk me deu 
oportunidade de me tornar quem eu sou. Gosto de outras 
coisas, ouço todo tipo de música. Mas o que me trouxe aqui 
foi o funk, única e exclusivamente. Eu dirigi o último DVD do

 Charlie Brown Jr, dirigi clipe dos Racionais. Concorri a melhor
 clipe no júri técnico no Prêmio Multishow. Mas o que trouxe a 
gente até aqui foi o funk.
Meu sonho era trabalhar com música, com videoclipe. 
Cheguei a fazer clipes de rock, axé, forró, sertanejo, 
pagode, funk. Aí fiz de funk e mandei para um festival de 
Santos, o Curta Santos. Foram dois videoclipes, os dois
 indicados. Pensei: ‘Acho que tenho algum talento, vou investir nisso.’
Aí eu fiz o segundo videoclipe de funk, do Mc Boy do Charmes,
 “Megane” (2011). Deu 1 milhão de views em 28 dias. Talvez fosse 
sorte de principiante. O terceiro foi do Mc Guimê, “Tá patrão”.
 Deu 1 milhão de views em 2 semanas
Hoje, qualquer coisa que a gente fizer vai dar um milhão de views
 em um dia. Para surpreender muito, o clipe tem que bater no mínimo 100 milhões...”

3 – Linguagem certa

“No primeiro clipe que fiz já tinha carro, mulherada. 

Porque eu sempre enxerguei a música como entretenimento.

 Para eu ver o sofrimento, era só abrir a porta da minha casa.

 Então eu achava que a música tinha um papel fundamental 

como entretenimento para quem é de comunidade.

O que a gente faz aqui está muito próximo dos clipes dos anos 2000 dos 
rappers americanos. É nossa maior referência. Também vemos clipe de
 reggaeton, outras coisas, mas a maior parte é americana.
E o tipo de filmagem vai mudando. Uma hora é uma mansão, depois 

balada, depois volta a fazer na favela, no estúdio, cenário, aí depois é 
tudo isso com storytelling, Depois storytelling não dá certo, aí é clipe de 
‘mastershot’ bonito. Vamos testando... “

4 – Modelo de negócios

“Hoje somos mídia. A gente só vende o serviço de 

produção se publicar com exclusividade na nossa mídia. 

E a gente só publica na nossa mídia se for produzido por

 nós. São duas coisas simultâneas, mas dois serviços diferentes.

No começo, qual era a minha ideia? Eu tinha uma câmera, sabia 
fotografar, dirigir, montar, finalizar, entregava o conteúdo pronto pro 
cara. Só que ele me trazia a produção (no universo do funk, isso 
significa que o próprio artista tinha que arrumar os carros, motos, 
mulheres e casas a serem filmados). Foi assim que começou o 
nosso modelo de negócios. Hoje em dia a gente tanto faz a
 produção quanto deixa para o artista.
A parcela do pagamento do YouTube depende de quanto o

 artista vai investir no conteúdo. Se ele entrar com um recurso
 maior, a gente divide essa receita da mídia. E se ele não tem
 recurso a gente fica com 100% da renda do YouTube.
 Porque a gente acredita junto.
E o quanto o Youtube paga varia muito. O algoritmo deles 
considera o CPM, que é o custo por mil cliques, e também o
 Watch Time, que é quanto tempo o usuário fica navegando 
no seu canal. Pelo que eu sei, é isso. Mas a gente trabalha 
numa plataforma do Google, e eles podem mudar sempre 
que quiserem, a gente não tem controle.
Não tenho e nem quero ter ideia (do quanto ganhamos por mês). 
Na hora que eu descobrir quanto dinheiro gira por mês por
 aqui eu não vou estar trabalhando por amor. Esse é meu 
sonho e tem pessoas sonhando junto comigo.
Hoje aqui a gente tem quatro diretores, contando comigo.
 Tem eu, o Gabriel Zerra, o Tico Fernandes e o Caíque Alves. 
Eu procuro dar a aprovação final de todos os vídeos. 
Mas até chegar em mim tem o montador, o diretor, o 
cliente, a coordenação de pós-produção.
Hoje eu procuro colocar um gerente em cada projeto. 
Porque ninguém no planeta vai conseguir se dedicar
 a tantos projetos de uma vez. Minha vida está meio maluca.
 Tem dia que eu trabalho até duas da manhã, tem dia que 
é até dez da noite. Entro sempre às 10h da manhã, mas
 acordo todo dia às 6h.”

5 – Marca poderosa

“Hoje já vejo que a Kondzilla já é muito mais que uma

 companhia de vídeo de música. A ideia é expandir 

num vertical de jovens de comunidade. 

Eu quero ser o maior comunicador com 

jovens de comunidade do Brasil. Eu quero 

ser e eu vou ser. Estou trabalhando para isso. 

Tenho ideia de abrir a Kondzilla até em Marte

 se tiver uns marcianos querendo fazer clipe.

Minha vida está indo pra um caminho que eu não imaginava.
 Mais para a parte empresarial, business, executiva, do que a
 própria arte. A gente acabou criando uma coisa que cresceu
 mais do que a gente imaginava. Era um carinha que queria 
fazer um enquadramento bonito e deixar um clipe mais pra 
cima, mais cromado e contrastado.
Hoje somos um selo musical. E uma referência. 
Tem muita gente que não acompanha a cena do funk,
 mas nos conhece. Kondzilla hoje se tornou um “lifestyle” 
que tem o funk como essência (ele também vende bonés,
 camisetas, agasalhos, acessórios).
A gente tem um projeto, que é nosso portal Kondzilla.com, 
para fazer matérias e minidocumentários voltados para 
esse público que ainda não é representado como merece.
 Depois de um tempo deu o estalo de que a gente tem a 
responsabilidade sociocultural. Mesmo depois de trabalhar
 5 anos com audiovisual para o funk ainda não tinha ninguém 
representando esse lado sociocultural com um volume de trabalho
 sério e com volume grande.”

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