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'Mass Effect: Andromeda': Atualização não salva game de desastre técnico;


Combate divertido e universo rico não isenta novo jogo da Bioware de inúmeros problemas técnicos, imperdoáveis para uma produção desse tamanho.
E Difícil encontrar um aspecto de “Mass effect: Andromeda” que não
 tenha algum defeito. Os problemas variam de gravidade, é claro, 
desde as infames animações faciais até missões cumpridas que não desaparecem do radar, mas é difícil acreditar que um jogo desse 
tamanho chegue ao mercado com tantos desastres técnicos (e outros).
 E cá estamos, três semanas depois do lançamento, com um patch nas
 costas e uma lista de coisas a comentar:
  • animações faciais robóticas (para dizer o mínimo)
  • movimentação estranha dos personagens
  • inteligência artificial não muito inteligente
  • física problemática
  • sequências travadas
  • inimigos defeituosos
  • atualização insuficiente
  • exagero de missões paralelas
  • trama boba, mas interessante
  • sistema de combate divertido
O quarto capítulo da gigantesca franquia espacial da BioWare leva a
aventura para uma nova galáxia, a Andrômeda do título, como uma 
tentativa clara de dar início a uma outra saga dentro do universo da 
franquia. Afinal, a trilogia capitaneada por Shepard entre 2007 e 2012
 foi tão bem sucedida que se tornou umas das principais responsáveis 
pela popularização dos híbridos de RPG com outros gêneros
 (neste caso, a ação espacial).
Por isso, é incompreensível que a empresa lance um game com tantos problemas (a maioria na parte técnica, mas não exclusivamente) 
que parece um produto incompleto, muito aquém da herança de seus antecessores. “Andromeda” chega a ser divertido, especialmente nos 
momentos de combate contra a maior número de inimigos possível, 
mas exige muita paciência do jogador até lá.
E nem o pacote de atualizações lançado na última quinta-feira (6)
 resolve o desastre apresentado até o momento. Ok, o patch torna
 os olhos dos personagens mais realistas, e eles nem parecem mais
 tanto aqueles robôs toscos de parques de diversões de segundo
 escalão dos anos 1990, mas as animações estão longe de serem
 perfeitas.
Mesmo para um jogo que permite personalização do protagonista 
(é possível criar um ou uma Ryder, o Explorador ou Exploradora 
com o papel de encontrar planetas habitáveis na nova vizinhança,
 dentro de possibilidades limitadas) e apresenta centenas de cenas 
com a própria engine por causa da ramificação da história, as animações 

são bem problemáticas.
Elas talvez se limitassem apenas a um bom meme, a uma piada 
que até funciona para a promoção de um bom jogo, mas não é bem
 o caso. Quem conseguir superar a corrida bizarra de seu Ryder, terá 
de enfrentar companheiros perdidos durante uma batalha, inimigos arremessados pelos ares como bolinhas de papel e a ameaça
 constante de um jogo travado.
Já a trama principal é um tanto quanto básica, mas funciona bem
 como a introdução a uma nova aventura. É interessante como o 
game consegue passar bem para o jogador sensação de realmente
 estar em uma galáxia totalmente desconhecida na qual todos os

 planos foram jogados fora, e os antigos habitantes da Via Láctea 
se tornaram os verdadeiros alienígenas.
Com isso, as missões centrais até oferecem desafios o suficiente 
para engajar, mesmo que seu roteiro não seja digno de elogios.
 E se a coluna vertebral do game não mereceu atenção suficiente
 nas arestas, o que dizer das demais, não é mesmo?
E realmente existem coisas demais. São tantas missões paralelas 
que é comum se perder nos mapas a cada planeta. Até existem
 algumas realmente interessantes e que adicionam à história, 

principalmente aquelas focadas nos personagens da equipe do 
Explorador, mas a grande maioria é constituída de pequenas tarefas
 que fazem o jogador percorrer grandes distâncias sem bons motivos
 ou recompensas.
É como se os desenvolvedores tivessem feito uma reunião de 
brainstorm para decidir inventar missões novas e, ao invés de 
selecionar as melhores, resolvesse usar todas. O resultado é um 
jogo lotado de coisas para fazer, mas poucas delas verdadeiramente interessantes.
E mesmo que o sistema de combate seja muito divertido e ofereça 
inúmeras possibilidades, é difícil relevar os demais problemas.
 “Andromeda” é, assim, recomendado a quem gosta de uma 

boa batalha e gosta muito do universo criado nos jogos anteriores,
 mas que deve ser evitado por quem não tem muita paciência para
 limitações técnicas.

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