De graça, tatuadora do Paraná cobre cicatrizes de pessoas que tiveram câncer
Mãe e filho da curitibana Bárbara Nhiemetz tiveram a doença: 'Passar tanto tempo no hospital me fez ter uma visão diferente das coisas'.
O interesse por tatuagem de Bárbara Nhiemetz, 24 anos, surgiu ainda criança.
A cicatriz no seio da mãe, que teve câncer de mama, a incomodava. Com canetas coloridas, a menina logo tratava de cobrir a marca com desenhos. "Ela sempre sorria quando via", conta.
À época, a curitibana nem imaginava que, praticamente da mesma
forma, no futuro, devolveria com sua profissão a autoestima a muitas
mulheres. De graça, às segundas-feiras, a tatuadora dedica suas folgas
para reconstruir mamilos e cobrir cicatrizes herdadas do câncer.
É o projeto "Cores que acolhem". Mas não foi só a doença da mãe que
inspirou Bárbara. "Logo que meu filho nasceu, em 2014, três tumores na
axila dele foram descobertos. Passar tanto tempo no hospital me fez ter
uma visão diferente das coisas", relata.
Então, em 2015, ela e o marido decidiram criar o projeto para atender não
só a vítimas do câncer de mama, mas também a qualquer pessoa que
tenha enfrentando algum tipo de câncer. Até o momento, mais de 70
tatuagens gratuitas já foram feitas.
"A gente deu o nome 'Cores que acolhem' porque, quando nasci, minha
mãe me acolheu com o seio que o câncer tirou. Quando meu filho estava
doente, quem o escolheu fui eu. Hoje, as minhas cores acolhem quem
precisa", explica.
Não poderia ser diferente: a primeira pessoa que fez parte do projeto foi a
mãe de Bárbara, que escolheu cobrir a cicatriz no seio com flores. Hoje,
90% das pessoas que a tatuadora atende são mulher, com idades
entre 30 e 60 anos.
reconstrução do mamilo porque fica mais bonito esteticamente.
Quando tem muita deformidade, vem a preferência por cobrir com
um desenho, assim como a minha mãe fez", diz.
Para Bárbara, não há nada mais compensador no mundo do que o
sorriso de quem vê o desenho finalizado.
O interesse por tatuagem de Bárbara Nhiemetz, 24 anos, surgiu ainda criança.
A cicatriz no seio da mãe, que teve câncer de mama, a incomodava. Com canetas coloridas, a menina logo tratava de cobrir a marca com desenhos. "Ela sempre sorria quando via", conta.
À época, a curitibana nem imaginava que, praticamente da mesma
forma, no futuro, devolveria com sua profissão a autoestima a muitas
mulheres. De graça, às segundas-feiras, a tatuadora dedica suas folgas
para reconstruir mamilos e cobrir cicatrizes herdadas do câncer.
É o projeto "Cores que acolhem". Mas não foi só a doença da mãe que
inspirou Bárbara. "Logo que meu filho nasceu, em 2014, três tumores na
axila dele foram descobertos. Passar tanto tempo no hospital me fez ter
uma visão diferente das coisas", relata.
Então, em 2015, ela e o marido decidiram criar o projeto para atender não
só a vítimas do câncer de mama, mas também a qualquer pessoa que
tenha enfrentando algum tipo de câncer. Até o momento, mais de 70
tatuagens gratuitas já foram feitas.
"A gente deu o nome 'Cores que acolhem' porque, quando nasci, minha
mãe me acolheu com o seio que o câncer tirou. Quando meu filho estava
doente, quem o escolheu fui eu. Hoje, as minhas cores acolhem quem
precisa", explica.
Não poderia ser diferente: a primeira pessoa que fez parte do projeto foi a
mãe de Bárbara, que escolheu cobrir a cicatriz no seio com flores. Hoje,
90% das pessoas que a tatuadora atende são mulher, com idades
entre 30 e 60 anos.
reconstrução do mamilo porque fica mais bonito esteticamente.
Quando tem muita deformidade, vem a preferência por cobrir com
um desenho, assim como a minha mãe fez", diz.
Para Bárbara, não há nada mais compensador no mundo do que o
sorriso de quem vê o desenho finalizado.
Sem medo do espelho
A mãe de Bárbara, a dona de casa Sueli Lamero, de 59 anos, diz que
passou a se sentir muito melhor depois que fez a tatuagem no seio, em 2015.
"Não é porque é minha filha, mas a minha autoestima melhorou
muito, muito mesmo. Agora, não tenho mais vergonha de me olhar
no espelho. É um trabalho muito importante. Onde eu via um
vazio, uma marca, vejo, agora, um desenho lindo", conta.
Para a artesã Luciane Paim Forte, de 46 anos, a reconstrução
do mamilo, há menos de dois meses, também foi fundamental
para a sua autoestima. "Eu me olhava no espelho e havia uma
negação. Hoje, me enxergo de uma maneira diferente. O trabalho
da Bárbara reconstrói a nossa alma", relata.
Para Bárbara, o projeto é também uma forma de agradecimento.
"É como se eu agradecesse pela minha mãe e pelo meu filho
estarem vivos", afirma.
O mesmo sentimento é compartilhado pelo marido, o tatuador Thiago
Ianchukiy, de 28 anos. Ele é quem dá todo o suporte para a tatuadora.
"Eu vejo o projeto como um segundo filho. Ele mexe com a gente porque
é uma grande responsabilidade. Para nós, é uma forma de agradecimento
pela vida do nosso filho", explica.
A mãe de Bárbara, a dona de casa Sueli Lamero, de 59 anos, diz que
passou a se sentir muito melhor depois que fez a tatuagem no seio, em 2015.
"Não é porque é minha filha, mas a minha autoestima melhorou
muito, muito mesmo. Agora, não tenho mais vergonha de me olhar
no espelho. É um trabalho muito importante. Onde eu via um
vazio, uma marca, vejo, agora, um desenho lindo", conta.
Para a artesã Luciane Paim Forte, de 46 anos, a reconstrução
do mamilo, há menos de dois meses, também foi fundamental
para a sua autoestima. "Eu me olhava no espelho e havia uma
negação. Hoje, me enxergo de uma maneira diferente. O trabalho
da Bárbara reconstrói a nossa alma", relata.
Para Bárbara, o projeto é também uma forma de agradecimento.
"É como se eu agradecesse pela minha mãe e pelo meu filho
estarem vivos", afirma.
O mesmo sentimento é compartilhado pelo marido, o tatuador Thiago
Ianchukiy, de 28 anos. Ele é quem dá todo o suporte para a tatuadora.
"Eu vejo o projeto como um segundo filho. Ele mexe com a gente porque
é uma grande responsabilidade. Para nós, é uma forma de agradecimento
pela vida do nosso filho", explica.
Para participar
Para participar do projeto, é preciso ser maior de 18 anos e ter uma
cicatriz herdada de algum tipo de câncer.
Conforme a tatuadora, também é necessária uma liberação médica por
escrito. "Pode acontecer, por exemplo, da doença voltar no mesmo lugar.
Então, é preciso tomar muito cuidado", alerta.
Ainda conforme Bárbara, moradores de outras cidades e até de outros
estados são bem-vindos. O estúdio dela fica na Rua Doutor Pedrosa,
número 140, Loja D, no Centro de Curitiba. A agenda está lotada para
os próximos dois meses, mas a tatuadora garante que é possível ficar
na lista de espera.
Para participar do projeto, é preciso ser maior de 18 anos e ter uma
cicatriz herdada de algum tipo de câncer.
Conforme a tatuadora, também é necessária uma liberação médica por
escrito. "Pode acontecer, por exemplo, da doença voltar no mesmo lugar.
Então, é preciso tomar muito cuidado", alerta.
Ainda conforme Bárbara, moradores de outras cidades e até de outros
estados são bem-vindos. O estúdio dela fica na Rua Doutor Pedrosa,
número 140, Loja D, no Centro de Curitiba. A agenda está lotada para
os próximos dois meses, mas a tatuadora garante que é possível ficar
na lista de espera.
Post a Comment