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Disclosure volta ao Brasil e fala de colaborações com astros do pop


Duo de música eletrônica já trabalhou com Sam Smith, Lorde e Sam Smith.
Ao G1, Guy Lawrence comenta show que acontece em SP neste domingo.
O Disclosure, que toca em São Paulo na noite deste domingo (2), deve (muito) de seu sucesso à fama de terceiros. É que a dupla britânica gosta de chamar estrelas da música pop para gravar os vocais de suas faixas. Já participaram Sam Smith, Lorde, The Weeknd e Miguel, por exemplo.
Mas e aí, será que hoje em dia para os produtores é tão importante ter faro para bons cantores do que propriamente fazer música boa? "Acho que depende do que quisermos fazer", desconversa Guy Lawrence, de 26 anos, em entrevista por telefone ao G1.
Ele forma o Disclosure ao lado do irmão mais novo, Howard, de 22 anos. "Se a gente quer fazer algo mais na linha pop, aí nós chamamos cantores." Guy afirma que o duo tem meio que uma regra de composição: essencialmente, é tudo música de balada, ou "club music", como ele diz.
Em alguns casos, eles pensam que poderia ficar legal com um vocal famoso, aí entra o componente pop da coisa. Como exemplo, Guy cita "Latch", uma das que tem voz de Sam Smith. "É basicamente só dance music", avalia.

Orginalmente lançada em 2012, "Latch" faz parte do elogiado disco de estreia do Disclosure, "Settle" (2013). Outros singles do trabalho foram "Voices", "F for you", "White noise", "You & Me" e "Help me lose my mind".

Foi com esse material que a dupla veio ao Brasil para tocar no Lollapalooza 2014. Guy diz ter boas recordações do país, ao menos no aspecto culinário da coisa. "Eu me lembro de ficar empanturrado, porque comemos um jantar incrível pouco antes de subir no palco. Achei que fosse explodir", disse, rindo. Depois, do nada, emendou que "o público tem muita energia".
O Disclosure que volta agora é diferente, avisa: "Acho que nosso show está bem maior, com mais efeitos visuais, mais luzes". Musicalmente falando, o duo chega com um pouco menos de moral.
O sucessor de "Settle", "Caracal" saiu no ano passado e não mereceu tantas avaliações positivas. Mais claramente pop que o anterior, tem Sam Smith de novo, na faixa "Omen", The Weenknd, em "Nocturnal"; e Lorde, em "Magnets".
Os fãs brasileiros fizeram campanha para esta última tocar no rádio. Guy diz que ficou sabendo pelo Twitter e achou bem legal. Perguntado por que da predilação do público pela música, o músico preferiu a neutralidade, dizendo que isso é sempre imprevisível. Terminou a resposta sem reconhecer a hipótese de que ter Lorde cantando deve significar alguma coisa. 
Sobre a possibilidade de chamar algum cantor local para uma parceria, Guy não cita nomes. "Meu irmão é realmente muito fã de jazz brasileiro. E eu sou baterista, então gosto de músicas e carnaval, sabe?". Esta, aliás, é uma característica sempre exaltada nos integrantes do Disclosure: além de produtores e DJs, tocam instrumentos (Howard é baixista).
Mas identificação de Guy é mesmo com a música eletrônica, sobretudo no que diz respeito à cultura que a cerca. Essa é uma fonte de preocupação para ele, que andou lamentando o fechamento de casas noturnas em Londres.

No Twitter, escreveu: "Nos últimos oito anos, 50% dos clubs em Londres fecharam e 40% dos locais para shows". Na entrevista, ele repetiu que "clubs são cultura". Estava falando especialmente do Fabric, aberto em 1999 e obriado a fechar as portas em setembro de 2016.
Agora, o local está no centro de uma camapanha na internet para "salvá-lo". O lema é "#salveofabric", "#salvenossacultura" e "salveavidanoturna". "É uma coisa muito triste, frequento casas noturnas em Londres a minha vida inteira, é uma cidade tão incrível para música, ali se produz muita música", fala (sério) Guy.
"Daqui a pouco não mais ter onde tocar (risos). Então, não faz sentido fechar, sabe?"

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