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Indústria de carne de frango reduz previsão de exportação em 2016


Queda nas vendas para a China e câmbio mudaram cenário, diz Abpa.
Entidade chegou a prever um crescimento de 8% nas vendas externas.
As exportações de carne de frango do Brasil em 2016 deverão crescer num ritmo menor que o estimado em meados deste ano, por uma desaceleração no comércio com a China e com menor estímulo do câmbio, projetou nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa).
Após analisar o desempenho dos embarques em setembro, a associação que reúne as grandes empresas exportadoras disse que o volume exportado deverá ficar no patamar de 4,5 milhões de toneladas, uma alta de pouco menos de 5% ante os 4,3 milhões de toneladas de 2015.
Em julho, a Abpa chegou a prever um crescimento de 8% nas vendas externas este ano.
"Aquela previsão foi em uma época em que havia uma aumento considerável das exportações para a China", disse à Reuters o vice-presidente de mercados da Abpa, Ricardo Santin.
Segundo ele, nos últimos meses houve uma pequena retração nas vendas para a China, país que justificava o maior otimismo ao fim do primeiro semestre, além de outros destinos como Venezuela e Coreia do Sul.
"A revisão (na previsão) é uma adequação. Não é que tenhamos problema específico de mercados, nem que o mundo esteja comendo menos", destacou o executivo.
A valorização do real ante o dólar nos últimos meses também contribuiu para um menor competitividade das vendas externas de carne de frango, disse Santin.
Após tocar mais de R$ 4 em janeiro e fevereiro, o dólar opera na faixa de R$ 3,20 desde julho. "Se a gente seguisse na toada do primeiro semestre, a previsão anterior teria ficado conservadora. Com o dólar a 4 reais, a gente ia crescer 10 por cento esse ano", afirmou.
Setembro
A Abpa disse ainda que as exportações do setor de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) atingiram 387,5 mil toneladas em setembro, superando em 5,7 por cento o total registrado no mesmo período do ano passado.
Com este volume, os embarques totais do segmento acumulados entre janeiro e setembro atingiram 3,379 milhões de toneladas, desempenho 6 por cento superior ao mesmo período de 2015.

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