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'Tropas brasileiras devem ficar no Haiti até abril do ano que vem', diz comandante de missão


O general Ajax Porto Pinheiro, que comanda as tropas internacionais da ONU na missão de paz no Haiti, diz que a saída das tropas que poderia acontecer ainda este ano deve ser adiada depois de furacão ter atingido o país.
Em entrevista ao CBN Noite Total, o general Ajax Porto Pinheiro afirmou que o foco dos 970 homens brasileiros no Haiti é, neste momento, abrir caminho para a ajuda emergencial. 
'O foco das nossas tropas é a ajuda humanitária. A segurança ficou em segundo plano. As tropas de engenharia que nós temos aqui estão com maquinário pesado abrindo as estradas e agindo onde as pontes foram rompidas para que os apoios humanitários possam chegar nessas comunidades para levar auxílio', afirmou o militar.
Para ter um parâmetro da destruição causada pelo desastre natural, o general afirma que fez um sobrevoo de helicóptero que impressionou pelo tamanho da tragédia: 'o furacão destruiu em sequência todas as cidades que estão no Sudoeste do Haiti. Foi um efeito devastador. As pessoas ficam pedindo socorro quando a gente passa de helicóptero. É dramático, eu lembrei do efeito pós-terremoto [que atingiu o país em 2010], eu estava aqui também e agora novamente essa outra tragédia', disse.
O general também destacou o impacto ambiental da tragédia. 'Essa região é uma das poucas do Haiti que ainda tem muito verde, é pouco desenvolvida, tem árvores nas montanhas e elas foram arrancadas pelo vento. A impressão que dá é que uma mão veio e puxou as árvores do chão como quem tira o capim. As plantações de banana, coqueirais foram destruídos também'.
O brasileiro afirma que o desastre ambiental agravou ainda mais a crise humanitária porque a população que mora nessa região vive da agricultura que ela produz. Ainda de acordo com o general, o número de vítimas pode chegar a mil e o trabalho emergencial deve durar, pelo menos, mais 15 dias.

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