Em 1 ano, 339 ônibus da linha 474 são depredados no Rio: prejuízo de R$ 700 mil
Violência e destruição nos coletivos. Fim de semana foi o primeiro de nova ação integrada para segurança na orla.
Medo de passageiros e motoristas. Veículos depredados. Assim é a rotina da linha 474, que liga o bairro do Jacaré, na Zona Norte do Rio a Copacabana, na Zona Sul. De janeiro de 2016 até a semana passada, 339 ônibus da linha foram depredados. O prejuízo é de R$ 700 mil. Apenas nesta semana que passou, 42 jovens foram detidos pela polícia.
imagens que mostram essa rotina de violência de 23 quilômetros em 50 minutos de viagem. As ações flagradas em vídeos deixam motoristas assustados e com medo de morrer. Eles preferem não se identificar mas contam como é trabalhar nesta linha de ônibus. Principalmente, durante o verão. Todos preferem o silêncio à denunciar as ações destes jovens. Só na semana passada, 15 ônibus da linha foram depredados.
Os passageiros relatam os momentos de medo no interior dos veículos: "Essa é a pior linha do Rio", conta um deles.
"Eu me sinto acuado e revoltado quando pego esse ônibus. Todos nós andamos com medo. Medo de assalto", revela outro passageiro.
Um dos vídeos obtidos pelo Fantástico mostra cinco minutos de depredação de um ônibus. São jovens quebrando o retrovisor e depois, quando ele cai no chão, jogando contra o veículo. Outros pulam pelas janelas. Tudo sendo destruído sem motivo aparente. Jovens invadem os ônibus forçando a porta fechada ou entram pelo teto.
Motoristas assustadosO medo não se limita aos passageiros. Motoristas contam que colegas já foram ameaçados e agredidos. Alguns denunciam que colegas foram esfaqueados ou levaram até pedradas. Ninguém denuncia o caso à polícia por medo de represálias:
"Ah.. o que acontece [em caso de denúncia] é que você está assinando sua sentença de morte", diz um motorista.
"Eles descem do carro. [Um deles] Faz o roubo. E quando volta, ele não quer saber se o sinal está fechado, se tem carro na frente. Obriga que a gente saia em fuga pra que eles saiam do local", conta outro motorista.
O gerente da empresa conta que os profissionais tem medo de trabalhar na linha. Na semana passada, 30 motoristas pediram para deixar de trabalhar no 474.
"Aqui é uma linha braba, cara. Não é qualquer um que consegue trabalhar aqui, não", diz um gerente da empresa.
Dentre os 42 jovens detidos durante a semana, a maioria era menor de idade. Todos foram liberados.
"Isso não será resolvido numa tacada só. Se o Rio realmente quiser resolver isso, pode pressionar o poder público para que ele use de toda inteligência pra incluir essa juventude. Isso passa por escola, oportunidade, acompanhamento", diz o pesquisador Marcos Faustini.
Medo de passageiros e motoristas. Veículos depredados. Assim é a rotina da linha 474, que liga o bairro do Jacaré, na Zona Norte do Rio a Copacabana, na Zona Sul. De janeiro de 2016 até a semana passada, 339 ônibus da linha foram depredados. O prejuízo é de R$ 700 mil. Apenas nesta semana que passou, 42 jovens foram detidos pela polícia.
imagens que mostram essa rotina de violência de 23 quilômetros em 50 minutos de viagem. As ações flagradas em vídeos deixam motoristas assustados e com medo de morrer. Eles preferem não se identificar mas contam como é trabalhar nesta linha de ônibus. Principalmente, durante o verão. Todos preferem o silêncio à denunciar as ações destes jovens. Só na semana passada, 15 ônibus da linha foram depredados.
Os passageiros relatam os momentos de medo no interior dos veículos: "Essa é a pior linha do Rio", conta um deles.
"Eu me sinto acuado e revoltado quando pego esse ônibus. Todos nós andamos com medo. Medo de assalto", revela outro passageiro.
Um dos vídeos obtidos pelo Fantástico mostra cinco minutos de depredação de um ônibus. São jovens quebrando o retrovisor e depois, quando ele cai no chão, jogando contra o veículo. Outros pulam pelas janelas. Tudo sendo destruído sem motivo aparente. Jovens invadem os ônibus forçando a porta fechada ou entram pelo teto.
Motoristas assustadosO medo não se limita aos passageiros. Motoristas contam que colegas já foram ameaçados e agredidos. Alguns denunciam que colegas foram esfaqueados ou levaram até pedradas. Ninguém denuncia o caso à polícia por medo de represálias:
"Ah.. o que acontece [em caso de denúncia] é que você está assinando sua sentença de morte", diz um motorista.
"Eles descem do carro. [Um deles] Faz o roubo. E quando volta, ele não quer saber se o sinal está fechado, se tem carro na frente. Obriga que a gente saia em fuga pra que eles saiam do local", conta outro motorista.
O gerente da empresa conta que os profissionais tem medo de trabalhar na linha. Na semana passada, 30 motoristas pediram para deixar de trabalhar no 474.
"Aqui é uma linha braba, cara. Não é qualquer um que consegue trabalhar aqui, não", diz um gerente da empresa.
Dentre os 42 jovens detidos durante a semana, a maioria era menor de idade. Todos foram liberados.
"Isso não será resolvido numa tacada só. Se o Rio realmente quiser resolver isso, pode pressionar o poder público para que ele use de toda inteligência pra incluir essa juventude. Isso passa por escola, oportunidade, acompanhamento", diz o pesquisador Marcos Faustini.

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