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Paulista fica lotada para festa tranquila e animada de Ano Novo


Daniela Mercury fez a contagem regressiva. Elza Soares, Emicida e Edson & Hudson também se apresentaram.
Milhares de pessoas foram à Avenida Paulista, na região central de São Paulo, neste sábado (31) para se despedir de 2016 e celebrar o Ano Novo. A festa da virada teve shows de diversos artistas, e coube à cantora baiana Daniela Mercury fazer a contagem regressiva para a chegada de 2017.
De acordo com o Major Teles, da PM, não foi possível fazer uma estimativa de público pois a corporação não contou com o apoio do helicóptero Águia, que permitiria uma visão aérea privilegiada da área e uma contagem mais exata. Ele afirmou, contudo, que o evento "transcorreu sem grandes ocorrências". "Alguns furtos de celular", resultou.
A festa, que teve como mestre de cerimônias a drag queen Tchaka, começou pouco depois das 18h, com a apresentação do DJ Leandro Pardi. Ele levou ao palco uma seleção de músicas brasileiras que incluiu axé, sertanejo, música paraense e até pagode dos anos 90.
O prefeito Fernando Haddad decidiu passar suas últimas horas à frente da administração como mais um espectador da festa. Ele curtiu a apresentação de Daniela Mercury junto da mulher, Ana Estela. Outro político a dar as caras no show da baiana foi o Eduardo Suplicy, vereador eleito com o maior número de votos da capital.

Edson & Hudson

O público ainda chegava ao local quando começou a apresentação da dupla sertaneja Edson & Hudson. Eles tocaram hits da carreira, como "Azul" e "Porta-retrato", e também embalaram o público com sucessos de outras duplas, como a música "Como um anjo", de Cesar Menotti e Fabiano.
O show, no entanto, não foi visto por quem tentava chegar próximo ao palco pela Rua Pamplona já que o ponto de revista ainda estava fechado. Policiais militares e seguranças recomendaram que o público se dirigisse às proximidades da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde o palco foi montado, para poder entrar. A distância entre as duas ruas é de cerca de 700 metros.

O acesso ao palco foi sendo liberado à medida que a avenida ia enchendo, com a abertura a partir das ruas próximas à Brigadeiro. A advogada Sonia Souza, moradora de Guarulhos, estacionou o carro perto da Pamplona e não conseguiu entrar.

Por volta de 19h15, ela ainda esperava a liberação da entrada e se queixava por não conseguir ver o show de Edson e Hudson. “Eu cheguei antes das 18h para conseguir ficar perto do palco. Isso é um boicote ao artista e ao público. Querem que eu vá até a Brigadeiro para conseguir ver”, reclamou.
A estudante Karine Batista foi à festa da Avenida Paulista acompanhada de duas amigas. Foi a primeira vez que o grupo decidiu assistir à festa de Ano Novo paulistana. “Viemos para ver o Emicida”, contou. Segundo ela, nada de álcool nas mochilas. “Só trouxemos água”, revelou. “Nem catuaba a gente trouxe”, brincou uma das amigas.
Ver a apresentação do rapper Emicida também era o desejo de outras pessoas. Caso do estudante Paulo Ribeiro, de 18 anos, que disse ter chegado na Avenida Paulista às 15h para garantir um lugar perto do palco. "Eu vim só para ver o cara. Sou fã", revelou ele, que era um dos mais empolgados com as músicas do artista.
Já a psicóloga Lourdes Cervantes foi acompanhada do marido, dos filhos e de uma neta. “Ainda tem mais gente pra chegar. Tem irmãs e noras”, disse Lourdes, que afirmou ter ido à festa para ver o show de Daniela Mercury. “É a terceira vez que venho para o réveillon da Paulista. Gosto porque e sempre muito tranquilo”, contou.

Emicida

O rapper Emicida subiu ao palco às 20h30, conforme a programação prevista. Em conversa com jornalistas antes de começar o show, disse estar orgulhoso de poder representar a cultura do rap na festa de Ano Novo. “Eu acredito que a música rap é a música de São Paulo. É um filho que a cidade não assume. Mas é uma música que está enraizada na cultura de São Paulo de uma maneira profunda”, declarou.
Emicida emendou uma sequência de funks da nova e da antiga geração na parte inicial da apresentação, mas o público se mostrou mais empolgado em dois momentos em especial: quando o rapper cantou o hit 'Levanta e anda' e quando ele fez uma homenagem a Sabotage e puxou o já clássico "Rap é compromisso". Antes de se despedir, arriscou-se em um trecho à capela de 'Carinhoso', de Pixinguinha.

Daniela Mercury

Terceira a subir ao palco da Paulista, a baiana Daniela Mercury abriu o show com "O canto da cidade", acompanhada pelo coro que lotava a avenida. Com a participação de dançarinos em trajes africanos, o axé deu o tom durante quase todo o show da cantora. Ela, no entanto, também agitou o público paulistano com outros ritmos: a baiana cantou em sequência, por exemplo, "Como nossos pais", consagrada na voz de Elis Regina, e "Tempo perdido", da Legião Urbana.
Daniela assumiu o comando da contagem regressiva da virada e prosseguiu com o show enquanto o público ainda assistia à queima de fogos, que podia ser vista do lado contrário ao palco. No meio da avenida, houve gritos em homenagem aos mortos no acidente aéreo com o avião da Chapecoense, na Colômbia.

Elza Soares


Com atraso de quase uma hora, Elza Soares começou sua apresentação ao lado da banda Bixiga 70 por volta das 1h50. Sentada em um poltrona colocada no centro do palco, ela cantou sucessos como "A Carne" e "Malandro", e a todo momento pedia a participação do público. "Eu quero ouvir os gritos", dizia.
Elza interrompeu o show para um discurso direcionado às mulheres sobre violência doméstica. "Denunciem. Gemer só de prazer", afirmou, para o aplauso da multidão que a acompanhava. A apresentação da cantora durou cerca de uma hora.
A banda de marchinhas Glória foi a responsável por realizar o último show da noite. A apresentação foi curta e, em seguida, a drag queen Tchaka fez o discurso de encerramento em que agradeceu a presença do público. "Descansem muito porque segunda-feira a locomotiva do país volta à ativa", concluiu.

Estrutura


A Avenida Paulista recebeu para a festa de Ano Novo 370 banheiros químicos, sendo 20 para pessoas com deficiência, espalhados por toda a via. A PM fez uma operação especial, com revista preventiva nos acessos à área dos shows. Não foi permitida a entrada com armas de fogo, objetos perfurantes ou cortantes, latas, garrafas, guarda-chuvas, fogos de artifício e outros itens que possam apresentar risco.
Diversos food trucks ficaram encarregados de saciar a fome e a sede dos paulistanos. E quem conseguiu a licença junto a Prefeitura para atuar na avenida neste Ano Novo da falta de clientes não podia reclamar.

Na van do comerciante Vitor Hugo, de 26 anos, o estoque de cerveja acabou muito antes do esperado. "Primeira vez na Paulista. Então é novidade pra gente. A galera já tomou toda a cerveja. Está correria, mas maravilhoso. Começamos o ano com o pé direito, sem dúvidas", disse. Sobrou a ele e aos familiares, então, vender refrigerantes para acompanhar a carne louca, carro-chefe do comércio.

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