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Rio celebra a chegada de 2017 em clima de paz e renovação da esperança


Fim de um ano difícil como 2016 fez multidão saudar o novo ano e esquecer problemas. Tradicional pedido de paz foi feito por mãe e filho refugiados da Síria no Brasil.
A Crise? Que crise? A palavra até foi pronunciada, principalmente pelos vendedores ambulantes, insatisfeitos com as vendas em baixa ao longo do sábado (31). Mas para os dois milhões de pessoas que lotaram a Praia de Copacabana para saudar a chegada do novo ano, se despedir do turbulento 2016 foi, talvez mais do que nunca, uma chance de deixar os problemas de lado e celebrar.
Ainda que com menos dinheiro no bolso, os cariocas, moradores de outras cidades do Rio de Janeiro e turistas brasileiros e estrangeiros mostravam estar ali pela festa, pela confraternização e pela possibilidade de fazer da despedida de 2016 uma espécie de descarrego - a rainha do mar Iemanjá certamente terá recebido mais pedidos de ajuda nesta virada de ano.
A vontade de festejar move pessoas como José Geraldo Silva, de 56 anos, que parecia não se importar com as mais de 12 horas em pé, junto à grade do palco. Tudo para ver os shows e a queima de fogos de um lugar privilegiado.
"Cheguei aqui e a praia estava bem vazia. Faço isso há 10 anos para garantir o melhor lugar. Queria ter chegado mais cedo, na verdade. Mas moro em Jacarepaguá. É um pouco longe, como você sabe", 
Seu companheiro de empreitada, ajudante de transporte Carlos Henrique Nascimento, de 48 anos, contou ter madrugado de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com o mesmo objetivo: ver tudo bem de perto.
"Esse é o melhor momento do ano. Conto os dias para o réveillon chegar. Acho que esta data funciona como uma forma de renovarmos nossas esperanças. No que depender de mim, sempre estarei aqui", garantiu.
Assim como eles, muita gente esbanjava disposição para a maratona musical pré-queima de fogos: o cantor Alex Cohen abriu os trabalhos, sendo seguido por Léo Jaime e pelo trio Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, com a reedição do show "O Grande Encontro".

Uma festa que tem como ponto forte a renovação de pedidos e promessas não poderia ficar sem um momento de reflexão, e ele veio quando Elba chamou ao palco uma mulher e seu menino, ambos refugiados da guerra na Síria. Mãe e filho pediram paz no mundo e o fim dos conflitos que arrasaram seu país natal em cinco anos.
O sentimento de que 2016 já passava da hora de acabar parece ter deixado a multidão mais tranquila, fazendo com que a festa transcorresse sem grandes percalços - nenhum sinal dos protestos ameaçados por alguns grupos em redes sociais.
Mesmo os quatro minutos a menos de espetáculo de fogos não parecem incomodar os presentes, que acompanharam o show de luzes, formas e cores produzidos pelas 21 toneladas de bombas com muita empolgação.

Fogos também na Barra
Na Barra da Tijuca, a celebração ficou por conta dos hotéis do bairro, que se uniram para promover uma queima de fogos na praia da Zona Oeste da cidade. Em dez pontos da orla, entre o Quebra-Mar e as áreas onde estão hotéis como Windsor, Hilton e Sheraton, o público se reuniu para dar adeus a 2016 e saudar o recém-chegado 2017. Foram cinco toneladas de fogos e 12 minutos de duração, com 34 tipos de efeitos e cores.

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