São Sebastião representa o espírito carioca, dizem representantes de religiões
História do santo católico reúne fé e luta pelos seus objetivos. Ele é sincretizado com Oxóssi, o orixá caçador na Umbanda e Candomblé.
A Imagem do santo com o corpo cravejado por flechas, mas que não deixa de professar a sua fé, marca a história da cidade do Rio por meio de várias crenças. Para representantes de várias religiões, São Sebastião é um representante do espírito carioca, já que possui uma história que reúne fé e luta pelos seus objetivos. Nesta sexta-feira (20), celebra-se o dia do padroeiro da cidade, gravado até no nome do município de São Sebastião do Rio de Janeiro.
“A importância para o povo carioca porque ele se identifica com São Sebastião. A vinda da imagem de São Sebastião com Estácio de Sá começou a devoção. O povo carioca, independente da denominação religiosa, se identifica com o modelo de São Sebastião, que enfrenta perigos e que enfrenta as batalhas dos dia a dia. Essa particularidade de enfrentar as adversidades é muito do povo carioca”, explica Frei Arles de Jesus, reitor da Basílica de São Sebastião, na Tijuca.
Pelo sincretismo religioso, no Rio de Janeiro, São Sebastião é correlacionado ao orixá Oxóssi. O pai-de-santo Paulo de Oxalá, do Candomblé, explica a relação e concorda que ele é representação de parte do caráter do povo carioca.
“Há uma correlação que foi feita pela Umbanda, que é sincrética. São Sebastião é correlacionado com Oxóssi, que é o caçador, que é um orixá de caça e luta. É o orixá da fartura e da prosperidade. Eu creio que a luta do povo carioca, essa maneira bonita de dar a volta por cima, de levar tudo com bom humor, de se reinventar, é a saída do sofrimento. É uma cidade que recebe a todos de braços abertos”, explicou o pai-de-santo.
História de fé e martírio
Sebastião nasceu na França em meados do século II. Com a família, ele se mudou para a Itália e passou a integrar a guarda do Império Romano. Convertido ao Cristianismo e ferrenho defensor de sua fé, despertou a ira do imperador Diocleciano, que empreendeu sangrenta perseguição aos cristãos.
Ao afirmar diante do imperador ser temente a Cristo, o jovem soldado foi amarrado em um tronco e atacado com flechas pelos arqueiros da guarda. Dado como morto, teve o corpo abandonado no local de seu primeiro martírio. Foi salvo por uma mulher, reconhecida pela Igreja Católica como Santa Irene. Ela percebeu que ele estava vivo ao recolher o corpo para prepará-lo para o enterro.
Recuperado das agressões, Sebastião se apresentou diante do imperador e novamente reafirmou a sua fé. O imperador Diocleciano determinou a sumária execução do servo, então considerado traidor. Morto a pauladas, ele teve o corpo jogado em uma vala. Atualmente, seus restos mortais estão enterrados na catacumba que leva seu nome, em Roma.
A devoção ao santo chegou ao Rio de Janeiro por meio da realeza portuguesa. No século XVI, em Portugal, era grande a fama de São Sebastião com milagres de cura e de proteção em batalhas. A fé no santo começou a ser trazida para o Brasil pelas primeiras expedições dos colonizadores e por influência do rei Dom Sebastião de Avis, nascido também no dia 20 de janeiro, e batizado com este nome em homenagem ao santo.
Estácio de Sá, fundador do Rio de Janeiro, era um dos devotos de São Sebastião. Ele mandou construir uma capela em homenagem ao santo tão logo aportou na Baía da Guanabara. Ela foi erguida onde hoje é a Praia Vermelha. Dois anos após a fundação do Rio, em 1567, a capela serviu como túmulo ao próprio fundador da cidade.
Pai Paulo de Oxalá destaca que a fé é um caminho para que, diante de tantas adversidades, a população do Rio siga acreditando na possibilidade de dias melhores.
“Com toda essa luta e falta de grana, é uma cidade onde seguimos acreditando”, destacou o líder religioso.
Frei Arles também acredita na possibilidade de vencer as dificuldades. “O carioca é, acima de tudo, criativo”, concluiu.
A Imagem do santo com o corpo cravejado por flechas, mas que não deixa de professar a sua fé, marca a história da cidade do Rio por meio de várias crenças. Para representantes de várias religiões, São Sebastião é um representante do espírito carioca, já que possui uma história que reúne fé e luta pelos seus objetivos. Nesta sexta-feira (20), celebra-se o dia do padroeiro da cidade, gravado até no nome do município de São Sebastião do Rio de Janeiro.
“A importância para o povo carioca porque ele se identifica com São Sebastião. A vinda da imagem de São Sebastião com Estácio de Sá começou a devoção. O povo carioca, independente da denominação religiosa, se identifica com o modelo de São Sebastião, que enfrenta perigos e que enfrenta as batalhas dos dia a dia. Essa particularidade de enfrentar as adversidades é muito do povo carioca”, explica Frei Arles de Jesus, reitor da Basílica de São Sebastião, na Tijuca.
Pelo sincretismo religioso, no Rio de Janeiro, São Sebastião é correlacionado ao orixá Oxóssi. O pai-de-santo Paulo de Oxalá, do Candomblé, explica a relação e concorda que ele é representação de parte do caráter do povo carioca.
“Há uma correlação que foi feita pela Umbanda, que é sincrética. São Sebastião é correlacionado com Oxóssi, que é o caçador, que é um orixá de caça e luta. É o orixá da fartura e da prosperidade. Eu creio que a luta do povo carioca, essa maneira bonita de dar a volta por cima, de levar tudo com bom humor, de se reinventar, é a saída do sofrimento. É uma cidade que recebe a todos de braços abertos”, explicou o pai-de-santo.
História de fé e martírio
Sebastião nasceu na França em meados do século II. Com a família, ele se mudou para a Itália e passou a integrar a guarda do Império Romano. Convertido ao Cristianismo e ferrenho defensor de sua fé, despertou a ira do imperador Diocleciano, que empreendeu sangrenta perseguição aos cristãos.
Sebastião nasceu na França em meados do século II. Com a família, ele se mudou para a Itália e passou a integrar a guarda do Império Romano. Convertido ao Cristianismo e ferrenho defensor de sua fé, despertou a ira do imperador Diocleciano, que empreendeu sangrenta perseguição aos cristãos.
Ao afirmar diante do imperador ser temente a Cristo, o jovem soldado foi amarrado em um tronco e atacado com flechas pelos arqueiros da guarda. Dado como morto, teve o corpo abandonado no local de seu primeiro martírio. Foi salvo por uma mulher, reconhecida pela Igreja Católica como Santa Irene. Ela percebeu que ele estava vivo ao recolher o corpo para prepará-lo para o enterro.
Recuperado das agressões, Sebastião se apresentou diante do imperador e novamente reafirmou a sua fé. O imperador Diocleciano determinou a sumária execução do servo, então considerado traidor. Morto a pauladas, ele teve o corpo jogado em uma vala. Atualmente, seus restos mortais estão enterrados na catacumba que leva seu nome, em Roma.
A devoção ao santo chegou ao Rio de Janeiro por meio da realeza portuguesa. No século XVI, em Portugal, era grande a fama de São Sebastião com milagres de cura e de proteção em batalhas. A fé no santo começou a ser trazida para o Brasil pelas primeiras expedições dos colonizadores e por influência do rei Dom Sebastião de Avis, nascido também no dia 20 de janeiro, e batizado com este nome em homenagem ao santo.
Estácio de Sá, fundador do Rio de Janeiro, era um dos devotos de São Sebastião. Ele mandou construir uma capela em homenagem ao santo tão logo aportou na Baía da Guanabara. Ela foi erguida onde hoje é a Praia Vermelha. Dois anos após a fundação do Rio, em 1567, a capela serviu como túmulo ao próprio fundador da cidade.
Pai Paulo de Oxalá destaca que a fé é um caminho para que, diante de tantas adversidades, a população do Rio siga acreditando na possibilidade de dias melhores.
“Com toda essa luta e falta de grana, é uma cidade onde seguimos acreditando”, destacou o líder religioso.
Frei Arles também acredita na possibilidade de vencer as dificuldades. “O carioca é, acima de tudo, criativo”, concluiu.
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