Ação prende 6 traficantes de Magé que cobravam 'pedágio' de políticos
acesso com exclusividade a áudios e vídeos que mostravam criminosos entregando dinheiro para tentar subornar PMs infiltrados
Seis pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (28) na operação Pinóquio, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, com o objetivo de prender 14 pessoas denunciadas por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa em Magé, na Baixada Fluminense.
Dos 14 mandados de prisão expedidos pela Vara Criminal de Magé, quatro diziam respeito a pessoas que já estavam presas. Os policiais cumpriram outros cinco mandados e prenderam uma sexta pessoa em flagrante. Um dos principais alvos da operação é David dos Santos Pereira, o DVD, que chefia a venda de drogas em quatro comunidades da cidade.
A repórter Mariana Queiroz, da GloboNews, teve acesso com exclusividade a áudios e vídeos que mostravam integrantes da quadrilha entregando dinheiro a PMs infiltrados com autorização da Justiça, que registraram as ofertas de propina ao longo de meses.
A quadrilha é investigada desde maio, quando mais de dez ônibus foram queimados em Magé. Homens do 34º BPM (Magé) iniciaram um trabalho de aproximação nas comunidades, distribuindo panfletos com números de telefone para denúncias. Os PMs foram procurados por um casal, que dizia querer denunciar os traficantes locais.
Na realidade, Thiago da Silva, o TH, e Luana de Souza pretendiam subornar os policiais para evitar que a quadrilha fosse denunciada. Os PMs, com autorização judicial, começaram a receber a propina, sempre filmando as entregas de dinheiro. A quantia semanal variava entre R$ 750 e R$ 2 mil. Ao todo, os policiais apreenderam R$ 20 mil.
As investigações revelaram ainda que outra integrante da quadrilha, Ana Caroline Bastos Dias, a Pequena, arremessava pacotes com drogas para dentro do terreno do Presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte do Rio.
'Pedágio' para campanha em comunidades
A investigação também apontou que políticos da região pagavam uma espécie de "pedágio" aos criminosos para que pudessem fazer campanha em comunidades e receber apoio dos traficantes. Entre os citados nas gravações feitas pela polícia está o prefeito eleito de Magé, Rafael Tubarão (PPS), cujo nome aparece em uma conversa entre bandidos.
"A gente tá com o Tubarão, PPS", diz um suspeito. "Não tem nem um mês que o Tubarão deu R$ 9 mil pra nós lá, pra entrar, ficar andando lá, pros polícia (sic) não ficar (sic) zoando", responde o comparsa.
Procurado, Rafael Tubarão não foi encontrado para comentar o assunto.
Seis pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (28) na operação Pinóquio, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, com o objetivo de prender 14 pessoas denunciadas por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa em Magé, na Baixada Fluminense.
Dos 14 mandados de prisão expedidos pela Vara Criminal de Magé, quatro diziam respeito a pessoas que já estavam presas. Os policiais cumpriram outros cinco mandados e prenderam uma sexta pessoa em flagrante. Um dos principais alvos da operação é David dos Santos Pereira, o DVD, que chefia a venda de drogas em quatro comunidades da cidade.
A repórter Mariana Queiroz, da GloboNews, teve acesso com exclusividade a áudios e vídeos que mostravam integrantes da quadrilha entregando dinheiro a PMs infiltrados com autorização da Justiça, que registraram as ofertas de propina ao longo de meses.
A quadrilha é investigada desde maio, quando mais de dez ônibus foram queimados em Magé. Homens do 34º BPM (Magé) iniciaram um trabalho de aproximação nas comunidades, distribuindo panfletos com números de telefone para denúncias. Os PMs foram procurados por um casal, que dizia querer denunciar os traficantes locais.
Na realidade, Thiago da Silva, o TH, e Luana de Souza pretendiam subornar os policiais para evitar que a quadrilha fosse denunciada. Os PMs, com autorização judicial, começaram a receber a propina, sempre filmando as entregas de dinheiro. A quantia semanal variava entre R$ 750 e R$ 2 mil. Ao todo, os policiais apreenderam R$ 20 mil.
As investigações revelaram ainda que outra integrante da quadrilha, Ana Caroline Bastos Dias, a Pequena, arremessava pacotes com drogas para dentro do terreno do Presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte do Rio.
'Pedágio' para campanha em comunidades
A investigação também apontou que políticos da região pagavam uma espécie de "pedágio" aos criminosos para que pudessem fazer campanha em comunidades e receber apoio dos traficantes. Entre os citados nas gravações feitas pela polícia está o prefeito eleito de Magé, Rafael Tubarão (PPS), cujo nome aparece em uma conversa entre bandidos.
A investigação também apontou que políticos da região pagavam uma espécie de "pedágio" aos criminosos para que pudessem fazer campanha em comunidades e receber apoio dos traficantes. Entre os citados nas gravações feitas pela polícia está o prefeito eleito de Magé, Rafael Tubarão (PPS), cujo nome aparece em uma conversa entre bandidos.
"A gente tá com o Tubarão, PPS", diz um suspeito. "Não tem nem um mês que o Tubarão deu R$ 9 mil pra nós lá, pra entrar, ficar andando lá, pros polícia (sic) não ficar (sic) zoando", responde o comparsa.
Procurado, Rafael Tubarão não foi encontrado para comentar o assunto.
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