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Para driblar crise, cabeleireiro faz preço especial para desempregados


Corte em salão de Suzano custa R$ 8 para desempregados.
'Objetivo é ajudar quem precisa e manter o salão', diz Diego Bittencourt
A fachada do salão do cabeleireiro Diego Bittencourt, na área central de Suzano é objetiva: tem promoção para desempregados. Quem está sem trabalho paga R$ 8 no corte de cabelo, R$ 7 a menos do que o valor do corte mais simples da casa. O cabeleireiro decidiu fazer a promoção em outubro, quando não conseguiu segurar a queda drástica no volume de trabalho. Em um mês de promoção, fez 108 cabelos e, desde então, tem conseguido manter a clientela, mesmo com a crise.
"Eu percebi que o movimento do salão tinha caído demais ao longo do ano. Eu precisava fazer alguma coisa para não fechar. Como na maioria das vezes eu atendo o público masculino, decidi testar a promoção e deu muito certo. O cliente tem direito ao corte básico, com máquina e tesoura, atendimento completo", contou
Segundo pesquisa Pnad Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29), o desemprego ficou em 11,9% no trimestre encerrado em novembro. Essa taxa é a mais elevada desde o começo de toda a série histórica, que teve início em 2012. No mesmo trimestre de 2015, o índice havia ficado em 9%.
A placa com a promoção foi fixada na fachada da loja no dia 3 de outubro. "A resposta foi imediata. Em um mês eu já tinha feito 108 cabelos no preço especial para desempregados. A crise pegou todo mundo e acho que muita gente deixava de cortar o cabelo por causa do preço. Os clientes olham meu salão e sabem que aqui eles terão o mesmo atendimento. É uma troca. Ajudar e ser ajudado", contou.
O corte simples masculino custa R$ 15. Para desempregados o preço do mesmo corte sai por R$ 8. O movimento aumentou em relação aos demais meses do ano, o que garante, pelo menos, o salão funcionando. "Consigo pagar o aluguel do imóvel, a luz, a água", detalhou.
Para comprovar a promoção, alguns clientes tinham que mostrar a carteira de trabalho. "No começo até era assim, mas hoje eu sou mais flexível. Converso bastante com meus clientes e a ideia é um ajudar o outro mesmo."

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