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5 razões para entender por que a Princesa Leia é um ícone pop


Personagem que consagrou atriz Carrie Fisher, que morreu na terça-feira, mudou os padrões das heroínas do cinema ao retratar guerreira independente e cheia de personalidade.
O Princesa Leia é uma das estátuas de cera do Museu Madame Tussaud, em Londres. O penteado de Leia, os vestidos, seu comportamento e a relação com Han Solo tornaram o personagem emblemático.
Leia Organa, filha de Darth Vader, irmã de Luke Skywalker, mãe de Kylo Ren, princesa do planeta Alderaan, membro do Senado Imperial, espiã da Aliança Rebelde e general da Resistência.
A mítica personagem da saga Guerra nas Estrelas, interpretada por Carrie Fisher -- que morreu na terça-feira (27) aos 60 anos -- é um ícone do cinema mundial.
Já no primeiro filme da série, Guerra nas Estrelas, de 1977, Carrie Fisher, então com 19 anos, marcava as telas - e o imaginário de toda uma geração - como a princesa guerreira com seus penteados exóticos e um comportamento que rompia com os padrões das princesas do cinema da época.
Também ficou na memória a cena em que a atriz usa um biquíni metálico, característico da cultura pop do fim dos anos 70 e início dos 80. Veja abaixo cinco motivos que explicam por que o personagem conquistou o status de ícone pop.

1- A princesa general

No primeiro filme da saga Guerra nas Estrelas, antes de ser capturada por Darth Vader, Leia esconde os planos da Estrela da Morte no robô R2-D2. Assim começa a aventura em que os rebeldes tentarão destruir a poderosa arma que pode acabar com planetas inteiros.
Da primeira à última participação, Leia não se comporta como a princesa que espera ser resgatada. Ao contrário. Seu papel era ativo, com autonomia e sentido político.
Ao saber da morte de Fisher, o criador de Guerra nas Estrelas, George Lucas, disse que a Leia de Fisher era uma "princesa poderosa, lutadora, sábia e cheia de esperança".
"Era um papel mais difícil de interpretar do que a maioria das pessoas pode imaginar", disse Lucas. Na década de 1970 era difícil encontrar heroínas nos filmes de Hollywood.
Em uma entrevista ao programa Nationwide da BBC, em 1977, Carrie Fisher disse: "Lucas não queria mais um estereótipo de princesa, alguém assustada, esperando por socorro". "Ele queria uma guerreira, uma princesa independente".
Além disso, o cabelo preso e os vestidos longos contrastavam com a maior parte dos ícones femininos da ficção científica que - na época e ainda hoje - geralmente usam os cabelos longos e soltos, roupas diminutas e justas.
Em "Star Wars: O Despertar da Força", sétimo episódio da saga, Leia já não usa o título de princesa e quase todos a chamam pela sua patente de general da Resistência.

2- O penteado

Todo ícone do cinema deve ter elementos inconfundíveis: o penteado da Princesa Leia é um destes. Ninguém achou os coques laterais ridículos. Na verdade, os fãs adoraram o cabelo de Carrie Fisher.
Fãs de todo o mundo usam as roupas e penteados dos personagens de 'Guerra nas Estrelas' em convenções e pré-estreias dos filmes.
O penteado tem sido imitado pelos fãs da saga nas pré-estreias dos filmes em todo o mundo. Leia usou diferentes penteados na série de filmes, mas o mais emblemático ainda são os coques que cobrem as orelhas.

3- "Te amo" / "Eu sei"

A relação de indiferença/amor entre a Princesa Leia e o ex-contrabandista Han Solo, interpretado por Harrison Ford, é uma das tramas paralelas da saga Guerra nas Estrelas.
Entre encontros e desencontros, há um diálogo que os eternizou como casal durante toda a série de filmes.
Em "O Império contra-ataca", Han Solo está a prestes a ser congelado em carbonita, quando Leia diz: "Te amo". "Eu sei", responde ele antes de, em seguida, ser congelado.
Diz a lenda que Harrison Ford argumentou que um ex-contrabandista como Han Solo jamais responderia com um "eu também te amo". E assim o ator conseguiu mudar a resposta à Princesa Leia para um simples "eu sei".
Mas o auge do romance entre os personagens acontece no filme seguinte: "O Retorno de Jedi". Com o destino da galáxia definido, desta vez é Han Solo que declara seu amor. Leia paga na mesma moeda e responde: "Eu sei".

4- O biquíni metálico

Há um momento em que Leia aparece bem diferente da princesa que usa vestidos longos e largos nas cenas de ação. É em "O Retorno de Jedi", de 1983. Trata-se do famoso biquíni metálico que Leia - presa a uma coleira - usa quando aparece como prisioneira de Jabba, um alienígena que tem a forma de um grande verme gordo.
O reluzente biquíni, bastante sexy - diga-se -, rapidamente se tornou mais uma das imagens icônicas da Princesa Leia, embora tenha aparecido em apenas duas cenas.
O biquíni foi copiado em dezenas de séries de TV e até hoje reaparece com as fãs em convenções sobre Guerra nas Estrelas e ficção científica. A cena em que Leia é capturada por Jabba também está reproduzida no museu de cera Madame Tussaud, em Londres. O biquíni dourado causou controvérsia.
Ainda hoje é possível comprar o biquíni metálico de Leia pela internet. Mas muita gente critica a cena em que Leia aparece presa e de biquíni por considerá-la sexista.
No ano de estreia do filme, Carrie Fisher disse que interpretava uma Leia "mais feminina, mais solidária e mais carinhosa" e que o uso do buquíni seria uma maneira de mostrar isso. No entanto, nos últimos anos a atriz rejeitou as cenas com o traje e sugeriu às futuras atrizes que não cedessem à pressão para usar roupas curtas e justas.

5- O culto a 'Guerra nas Estrelas'

Finalmente, é importante lembrar que Leia Organa é um personagem que se beneficiou do grande culto criado em torno de tudo o que se relaciona com a saga Guerra nas Estrelas. A série de filmes atrai fãs e colecionadores em todo o mundo - há até quem siga a "religião" Jedi - e faturou milhões de dólares de bilheteria.
Todas estas características confirmam que a filha de Darth Vader, irmã de Luke Skywalker, espiã da Aliança Rebelde e general da Resistência, foi uma personagem com lugar de destaque na cultura pop das últimas quatro décadas.

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