Mãe de aluno com deficiência visual luta por matrícula em escola na Inglaterra
Ela compara a dificuldade na inclusão escolar com a situação vivida no Brasil. Criança foi operada mais de 40 vezes nos olhos.
A inglesa Nadia Turki luta para poder escolher a escola onde seu filho de 10 anos vai estudar. Kaeden Booth nasceu com uma anomalia genética que reduz sua capacidade de visão – o menino já foi operado mais de 40 vezes e, em uma delas, teve o olho esquerdo removido.
O colégio onde a família gostaria de matriculá-lo não possui estrutura para receber uma pessoa cega. Por isso, o menino está estudando longe de sua casa e de seus amigos.
Nadia afirma que o governo não direciona recursos para que as escolas estejam aptas a receber crianças com deficiência, apesar de a lei sobre inclusão no Reino Unido ser avançada. “Ela dá o direito aos pais de escolher a escola para os filhos. Mas autoridades locais só oferecem opções limitadas para as crianças com deficiência estudarem”, conta.
Em 2010, os direitos das pessoas com deficiência foram ampliados no país. Atos de discriminação, como recusar a matrícula de um aluno, são considerados ilegais. Mesmo assim, a mãe de Kaeden não consegue fazer com que o garoto estude na Honley High School, próxima de sua casa. As autoridades de Huddersfield, no condado de West Yorkshire, estabelecem que ele deve se manter matriculado em um colégio distante, por ter uma estrutura mais completa.
Já temos um laptop e uma máquina de escrever em braile. Meu filho só precisaria de um professor assistente para disciplinas como matemática e artes, e de outro que possa traduzir os conteúdos para o braile”, conta Nadia.
Ela lamenta as consequências de não poder escolher onde seu filho deve estudar. “Eu tenho dois filhos com um ano de diferença. Um vai à escola do bairro e brinca com seus amigos toda tarde e o outro precisa ir a um colégio distante, passa o resto do dia sozinho a não ser que eu o leve até o clube. Não é justo”, diz.
“Quanto mais oferecermos recurso na infância, menos as pessoas com deficiência vão precisar de nós quando crescerem. Elas serão independentes se o sistema permitir que alcancem seus objetivos.”
A inglesa Nadia Turki luta para poder escolher a escola onde seu filho de 10 anos vai estudar. Kaeden Booth nasceu com uma anomalia genética que reduz sua capacidade de visão – o menino já foi operado mais de 40 vezes e, em uma delas, teve o olho esquerdo removido.
O colégio onde a família gostaria de matriculá-lo não possui estrutura para receber uma pessoa cega. Por isso, o menino está estudando longe de sua casa e de seus amigos.
Nadia afirma que o governo não direciona recursos para que as escolas estejam aptas a receber crianças com deficiência, apesar de a lei sobre inclusão no Reino Unido ser avançada. “Ela dá o direito aos pais de escolher a escola para os filhos. Mas autoridades locais só oferecem opções limitadas para as crianças com deficiência estudarem”, conta.
Em 2010, os direitos das pessoas com deficiência foram ampliados no país. Atos de discriminação, como recusar a matrícula de um aluno, são considerados ilegais. Mesmo assim, a mãe de Kaeden não consegue fazer com que o garoto estude na Honley High School, próxima de sua casa. As autoridades de Huddersfield, no condado de West Yorkshire, estabelecem que ele deve se manter matriculado em um colégio distante, por ter uma estrutura mais completa.
Já temos um laptop e uma máquina de escrever em braile. Meu filho só precisaria de um professor assistente para disciplinas como matemática e artes, e de outro que possa traduzir os conteúdos para o braile”, conta Nadia.
Ela lamenta as consequências de não poder escolher onde seu filho deve estudar. “Eu tenho dois filhos com um ano de diferença. Um vai à escola do bairro e brinca com seus amigos toda tarde e o outro precisa ir a um colégio distante, passa o resto do dia sozinho a não ser que eu o leve até o clube. Não é justo”, diz.
“Quanto mais oferecermos recurso na infância, menos as pessoas com deficiência vão precisar de nós quando crescerem. Elas serão independentes se o sistema permitir que alcancem seus objetivos.”
Luta pela mudança
Nadia formou um grupo no Facebook com outros pais que também sofrem por não poderem escolher onde seus filhos com deficiência estudarão. Todos compartilham seus relatos e encorajam uns aos outros.
Ela também relata que está organizando uma petição para investigar atos de discriminação contra crianças e jovens na educação provida pelo governo.
Nadia formou um grupo no Facebook com outros pais que também sofrem por não poderem escolher onde seus filhos com deficiência estudarão. Todos compartilham seus relatos e encorajam uns aos outros.
Ela também relata que está organizando uma petição para investigar atos de discriminação contra crianças e jovens na educação provida pelo governo.
Comparação com o Brasil
Nadia afirma que, assim como no Brasil, existe um distanciamento entre a legislação e o cotidiano das famílias com deficiência. Por mais que a inclusão escolar seja debatida e prevista na lei, os pais ainda têm dificuldade de encontrar um colégio que de fato inclua as crianças – e não só aceite a matrícula. O argumento de que a escola “não está preparada” para receber uma pessoa com deficiência é frequente tanto no Brasil quanto no Reino Unido. “Tudo me soa muito semelhante”, afirma.
Nadia afirma que, assim como no Brasil, existe um distanciamento entre a legislação e o cotidiano das famílias com deficiência. Por mais que a inclusão escolar seja debatida e prevista na lei, os pais ainda têm dificuldade de encontrar um colégio que de fato inclua as crianças – e não só aceite a matrícula. O argumento de que a escola “não está preparada” para receber uma pessoa com deficiência é frequente tanto no Brasil quanto no Reino Unido. “Tudo me soa muito semelhante”, afirma.
Sonho
Kaeden, de acordo com sua mãe, é “muito inteligente e está dois anos à frente de seus colegas nos conhecimentos de matemática, inglês e história”.
A mãe do menino deseja que ele possa estudar próximo à casa da família e ser independente. “Meus filhos têm quase a mesma idade. Quero que os dois tenham as próprias vidas e amigos”, diz.
Kaeden tem outro sonho: quer ser um “político bem engraçado”.
Kaeden, de acordo com sua mãe, é “muito inteligente e está dois anos à frente de seus colegas nos conhecimentos de matemática, inglês e história”.
A mãe do menino deseja que ele possa estudar próximo à casa da família e ser independente. “Meus filhos têm quase a mesma idade. Quero que os dois tenham as próprias vidas e amigos”, diz.
Kaeden tem outro sonho: quer ser um “político bem engraçado”.
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