Carrie Lam vence eleições e será 1ª mulher a chefiar governo de Hong Kong
Antiga 'número dois' obteve 777 votos em comitê com 1.194 pessoas. Região registrou protestos conhecidos como a 'Revolução dos Guarda-Chuvas' em 2014.
Carrie Lam, antiga "número dois" de Hong Kong e favorita do regime comunista
da China, venceu neste domingo (26) as eleições para a chefia de governo
do território autônomo, nas quais apenas um exclusivo comitê formado por
1.194 pessoas tem direito a voto. Ela é a primeira mulher a conseguir chegar
ao posto.
Lam somou 777 votos, 177 acima dos 600 necessários para ganhar a
votação e se impôs sobre seus dois rivais, o ex-secretário de Finanças,
John Tsang, com 365 votos e que partia como favorito dos cidadãos, e o juiz aposentado Woo Kwok-hing, com apenas 21 votos.
As eleições, realizadas no Centro de Convenções de Hong Kong, reuniram
nos arredores do recinto mais de uma centena de manifestantes, que protestaram contra o restritivo sistema eleitoral pelo qual só podem escolher
o chefe do Executivo o equivalente a 0,02% dos cinco milhões de cidadãos
com direito a voto.
Lam foi eleita já na primeira rodada de votações, nas quais participaram um
total de 1.163 membros do comitê, formado pela elite política e empresarial
de Hong Kong e fortemente influenciado por Pequim.
Durante a apuração dos votos, que aconteceu na presença dos membros do comitê, partidários da ganhadora receberam com gritos de celebração a
vitória de Lam, que terá agora a tarefa de governar Hong Kong durante os próximos cinco anos.
Ao mesmo tempo, parte dos cidadãos críticos ao sistema restritivo de votação rasgaram cartazes e protestaram com gritos durante a leitura da apuração.
Um dos manifestantes abriu um guarda-chuva amarelo, símbolo dos
protestos de 2014 que surgiram precisamente como crítica ao sistema
eleitoral para designar o chefe do governo de Hong Kong.
Favorita e criticada
A ex-chefe adjunta de Governo Carrie Lam era considerada a favorita do
governo chinês e certos membros do establishment informaram sobre
pressões para votar a seu favor.
Lam foi muito criticada pelos democratas por ter apoiado o projeto de
reformas políticas defendido por Pequim que desencadeou o movimento
de 2014, batizado como "a revolução dos guarda-chuvas", que pedia mais democracia e o voto direto para a escolha do líder da região.
Para seus opositores, Lam é sócia do chefe do governo em fim de mandato
, o detestado Leung Chun-ying, considerado um fantoche de Pequim.
Após as grandes manifestações do outono de 2014, os democratas haviam pedido a Pequim a instauração de um verdadeiro sufrágio universal para a eleição do chefe de governo.
Mas a China não cedeu um palmo: de fato, muitos habitantes do enclave
têm a impressão de que Pequim aumentou sua intervenção em âmbitos
como a política, a imprensa ou a educação.
A ex-colônia goza, teoricamente, de uma série de liberdades
desconhecidas na China continental em virtude do princípio "um país,
dois sistemas" acordado na retrocessão do enclave e em vigor até 2047.
Mas, na prática, Hong Kong segue dependendo fortemente das ordens
de Pequim.
Por isso, a revolta dos guarda-chuvas, que defende sem rodeios a independência, enfureceu em seu nascimento e segue irritando as
autoridades chinesas.
Carrie Lam, antiga "número dois" de Hong Kong e favorita do regime comunista
da China, venceu neste domingo (26) as eleições para a chefia de governo
do território autônomo, nas quais apenas um exclusivo comitê formado por
1.194 pessoas tem direito a voto. Ela é a primeira mulher a conseguir chegar
ao posto.
Lam somou 777 votos, 177 acima dos 600 necessários para ganhar a
votação e se impôs sobre seus dois rivais, o ex-secretário de Finanças,
John Tsang, com 365 votos e que partia como favorito dos cidadãos, e o juiz aposentado Woo Kwok-hing, com apenas 21 votos.
As eleições, realizadas no Centro de Convenções de Hong Kong, reuniram
nos arredores do recinto mais de uma centena de manifestantes, que protestaram contra o restritivo sistema eleitoral pelo qual só podem escolher
o chefe do Executivo o equivalente a 0,02% dos cinco milhões de cidadãos
com direito a voto.
Lam foi eleita já na primeira rodada de votações, nas quais participaram um
total de 1.163 membros do comitê, formado pela elite política e empresarial
de Hong Kong e fortemente influenciado por Pequim.
Durante a apuração dos votos, que aconteceu na presença dos membros do comitê, partidários da ganhadora receberam com gritos de celebração a
vitória de Lam, que terá agora a tarefa de governar Hong Kong durante os próximos cinco anos.
Ao mesmo tempo, parte dos cidadãos críticos ao sistema restritivo de votação rasgaram cartazes e protestaram com gritos durante a leitura da apuração.
Um dos manifestantes abriu um guarda-chuva amarelo, símbolo dos
protestos de 2014 que surgiram precisamente como crítica ao sistema
eleitoral para designar o chefe do governo de Hong Kong.
Favorita e criticada
A ex-chefe adjunta de Governo Carrie Lam era considerada a favorita do
A ex-chefe adjunta de Governo Carrie Lam era considerada a favorita do
governo chinês e certos membros do establishment informaram sobre
pressões para votar a seu favor.
Lam foi muito criticada pelos democratas por ter apoiado o projeto de
reformas políticas defendido por Pequim que desencadeou o movimento
de 2014, batizado como "a revolução dos guarda-chuvas", que pedia mais democracia e o voto direto para a escolha do líder da região.
Para seus opositores, Lam é sócia do chefe do governo em fim de mandato
, o detestado Leung Chun-ying, considerado um fantoche de Pequim.
Após as grandes manifestações do outono de 2014, os democratas haviam pedido a Pequim a instauração de um verdadeiro sufrágio universal para a eleição do chefe de governo.
Mas a China não cedeu um palmo: de fato, muitos habitantes do enclave
têm a impressão de que Pequim aumentou sua intervenção em âmbitos
como a política, a imprensa ou a educação.
A ex-colônia goza, teoricamente, de uma série de liberdades
desconhecidas na China continental em virtude do princípio "um país,
dois sistemas" acordado na retrocessão do enclave e em vigor até 2047.
Mas, na prática, Hong Kong segue dependendo fortemente das ordens
de Pequim.
Por isso, a revolta dos guarda-chuvas, que defende sem rodeios a independência, enfureceu em seu nascimento e segue irritando as
autoridades chinesas.
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