Mubarak, ex-presidente do Egito, é libertado, diz advogado
Principal corte de apelações do país considerou o ditador, de 88 anos, inocente no caso do assassinato de 239 manifestantes durante a revolta em 2011
O Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi libertado nesta sexta-feira (24), afirmou o seu advogado. A justiça tinha autorizado, em 13 março, que ele
fosse colocado em liberdade. Ele deixou o Hospital Militar de Maadi, onde
estava detido, e seguiu para sua casa, de acordo com a agência Reuters.
A principal corte de apelações do país considerou o ditador, de 88 anos,
inocente no caso do assassinato de 239 manifestantes durante a revolta em 2011, que fez parte da Primavera Árabe. As vítimas morreram em um
confronto das forças de segurança semanas antes de Mubarak ser forçado
a deixar o poder.
Mubarak foi preso inicialmente em abril de 2011, dois meses após deixar o governo, e desde então esteve em prisões ou em hospitais militares sob
forte vigilância.
Ele havia sido condenado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar os manifestantes, semeando o caos e criando um vácuo de segurança durante uma revolta de 18 dias iniciada em janeiro de 2011,
que culminou com sua deposição.
Um tribunal de apelação ordenou a organização de um novo julgamento,
mas a procuradoria apelou da decisão e ordenou mais uma revisão na maior corte de apelação do país.
No julgamento do início de março, Mubarak e seu ministro do Interior foram acusados de providenciar veículos e armas usados para atacar os ativistas
e de não adotar ações para evitar mortes. Sentado em uma cadeira de rodas dentro da jaula dos réus, e sem seus óculos escuros característicos, ele respondeu: "Isso não aconteceu".
O tribunal também rejeitou as demandas dos advogados das vítimas para
reabrir ações civis, não deixando nenhuma opção para apelação ou novo julgamento.
Muitos egípcios que viveram durante o governo Mubarak o veem como um período de autocracia e capitalismo de compadrio, de acordo com a Reuters.
O Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi libertado nesta sexta-feira (24), afirmou o seu advogado. A justiça tinha autorizado, em 13 março, que ele
fosse colocado em liberdade. Ele deixou o Hospital Militar de Maadi, onde
estava detido, e seguiu para sua casa, de acordo com a agência Reuters.
A principal corte de apelações do país considerou o ditador, de 88 anos,
inocente no caso do assassinato de 239 manifestantes durante a revolta em 2011, que fez parte da Primavera Árabe. As vítimas morreram em um
confronto das forças de segurança semanas antes de Mubarak ser forçado
a deixar o poder.
Mubarak foi preso inicialmente em abril de 2011, dois meses após deixar o governo, e desde então esteve em prisões ou em hospitais militares sob
forte vigilância.
Ele havia sido condenado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar os manifestantes, semeando o caos e criando um vácuo de segurança durante uma revolta de 18 dias iniciada em janeiro de 2011,
que culminou com sua deposição.
Um tribunal de apelação ordenou a organização de um novo julgamento,
mas a procuradoria apelou da decisão e ordenou mais uma revisão na maior corte de apelação do país.
No julgamento do início de março, Mubarak e seu ministro do Interior foram acusados de providenciar veículos e armas usados para atacar os ativistas
e de não adotar ações para evitar mortes. Sentado em uma cadeira de rodas dentro da jaula dos réus, e sem seus óculos escuros característicos, ele respondeu: "Isso não aconteceu".
O tribunal também rejeitou as demandas dos advogados das vítimas para
reabrir ações civis, não deixando nenhuma opção para apelação ou novo julgamento.
Muitos egípcios que viveram durante o governo Mubarak o veem como um período de autocracia e capitalismo de compadrio, de acordo com a Reuters.
Primavera Árabe
Em janeiro de 2011, eclodiu na Tunísia uma série de protestos contra o
regime autoritário do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A deposição de
Ben Ali, depois de 23 anos no poder, abre caminho para uma série de
revoltas, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em outros países
como Egito, Líbia e Síria.
Pode-se dizer que a luta pela democracia e os direitos humanos da região
foi duramente reprimida e não se desenvolveu.
No Egito, os protestos culminaram na queda do regime de Hosni Mubarak.
Na Líbia, Muammar al-Gaddafi, que estava há 40 anos no poder, também
caiu após um levante em Benghazi, com a intervenção da Otan, segundo
a France Presse.
Na Síria, o presidente Bashar al-Assad reprimiu duramente os protestos
anti-governamentais, gerando uma revolta que se transformaria em uma
guerra civil que já dura seis anos e deixou um saldo de cerca de 400 mil
mortos, 4,9 milhões de refugiados, mais de 6,3 milhões de deslocados
internos.
Este conflito interno, aproveitado pelos extremistas do grupo Estado
Islâmico (EI) para se infiltrarem na Síria, ilustra com crueldade as
desilusões da Primavera Árabe.
Em janeiro de 2011, eclodiu na Tunísia uma série de protestos contra o
regime autoritário do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A deposição de
Ben Ali, depois de 23 anos no poder, abre caminho para uma série de
revoltas, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em outros países
como Egito, Líbia e Síria.
Pode-se dizer que a luta pela democracia e os direitos humanos da região
foi duramente reprimida e não se desenvolveu.
No Egito, os protestos culminaram na queda do regime de Hosni Mubarak.
Na Líbia, Muammar al-Gaddafi, que estava há 40 anos no poder, também
caiu após um levante em Benghazi, com a intervenção da Otan, segundo
a France Presse.
Na Síria, o presidente Bashar al-Assad reprimiu duramente os protestos
anti-governamentais, gerando uma revolta que se transformaria em uma
guerra civil que já dura seis anos e deixou um saldo de cerca de 400 mil
mortos, 4,9 milhões de refugiados, mais de 6,3 milhões de deslocados
internos.
Este conflito interno, aproveitado pelos extremistas do grupo Estado
Islâmico (EI) para se infiltrarem na Síria, ilustra com crueldade as
desilusões da Primavera Árabe.
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