Para ONU, IDH do Brasil mostra país 'estagnado' e acende 'luz amarela'
Relatório das Nações Unidas aponta que, entre 2014 e 2015, Brasil manteve mesmo IDH e estacionou no 79º lugar; 159 países conseguiram melhorar posição no ranking.
Ao apresentar nesta terça-feira (21) o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou que o resultado do Brasil mostra um país "estagnado", acende a "luz amarela" e indica que ainda falta "muito" a
ser feito.
Segundo o ranking mundial de Índice de Desenvolvimento Humano, que abrange 188 países, o Brasil permaneceu no 79º lugar ao registrar IDH de 0,754, numa escala que
varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país). Nesta posição,
o Brasil integra os países com desenvolvimento “alto”.
O relatório, divulgado nesta terça, foi elaborado em 2016 e tem como base os dados
de 2015. Para calcular o IDH, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) leva em conta dados sobre saúde, renda e conhecimento.
Segundo o ranking mundial, dos 188 países analisados, 159 melhoraram o IDH entre
2014 e 2015, enquanto 13 tiveram redução no índice e 16, mantiveram o mesmo
patamar (o Brasil é um desses 16).
"A situação do Brasil é de estagnação. O Brasil não melhorou no índice, mas também
não piorou no ranking. [...] [O resultado] é uma luz amarela, um alerta para a gente
olhar com atenção e entender o que precisa ser feito", avaliou nesta terça a
coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano no Brasil, Andréa Bolzon.
Pouco antes de a coordenadora apresentar os dados à imprensa, na Embaixada da
ONU em Brasília, o coordenador do Sistema ONU no país e representante do Pnud,
Niky Fabiancic, já havia destacado que, embora os números mostrem que o Brasil
"tem avançado de maneira consistente" no IDH nos últimos 20 anos, ainda "há muito
o que precisa ser feito".
Fabiancic disse, ainda, que alguns assuntos são "urgentes" no Brasil, como o combate
à pobreza e ao desemprego, acrescentando que o Sistema ONU está "atento" às
reformas sugeridas pelo governo do presidente Michel Temer, entre as quais a da Previdência Social, a trabalhista e a tributária.
Ao apresentar nesta terça-feira (21) o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou que o resultado do Brasil mostra um país "estagnado", acende a "luz amarela" e indica que ainda falta "muito" a
ser feito.
Segundo o ranking mundial de Índice de Desenvolvimento Humano, que abrange 188 países, o Brasil permaneceu no 79º lugar ao registrar IDH de 0,754, numa escala que
varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país). Nesta posição,
o Brasil integra os países com desenvolvimento “alto”.
O relatório, divulgado nesta terça, foi elaborado em 2016 e tem como base os dados
de 2015. Para calcular o IDH, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) leva em conta dados sobre saúde, renda e conhecimento.
Segundo o ranking mundial, dos 188 países analisados, 159 melhoraram o IDH entre
2014 e 2015, enquanto 13 tiveram redução no índice e 16, mantiveram o mesmo
patamar (o Brasil é um desses 16).
"A situação do Brasil é de estagnação. O Brasil não melhorou no índice, mas também
não piorou no ranking. [...] [O resultado] é uma luz amarela, um alerta para a gente
olhar com atenção e entender o que precisa ser feito", avaliou nesta terça a
coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano no Brasil, Andréa Bolzon.
Pouco antes de a coordenadora apresentar os dados à imprensa, na Embaixada da
ONU em Brasília, o coordenador do Sistema ONU no país e representante do Pnud,
Niky Fabiancic, já havia destacado que, embora os números mostrem que o Brasil
"tem avançado de maneira consistente" no IDH nos últimos 20 anos, ainda "há muito
o que precisa ser feito".
Fabiancic disse, ainda, que alguns assuntos são "urgentes" no Brasil, como o combate
à pobreza e ao desemprego, acrescentando que o Sistema ONU está "atento" às
reformas sugeridas pelo governo do presidente Michel Temer, entre as quais a da Previdência Social, a trabalhista e a tributária.
Reformas de Temer
Como Niky Fabiancic disse no discurso que o Sistema ONU está "atento" às
reformas defendidas pelo governo Temer, Andréa Bolzon, coordenadora do
relatório de desenvolvimento humano no Brasil, disse, em entrevista que, para o
Pnud, os projetos enviados ao Congresso Nacional abordam temas "importantes"
e, por isso, as Nações Unidas têm "preocupação" com as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
"A reforma da Previdência parece necessária. Alguns fatos precisam ser melhorados
para se ter um sistema mais justo, mas é preciso ter um olhar mais atento às
pessoas com maior vulnerabilidade, para que elas não sejam penalizadas,
especialmente os pequenos agricultores e as mulheres", disse Andréa.
Atualmente, a reforma da Previdência está em análise em uma comissão especial
da Câmara dos Deputados. Entre outros pontos, o governo propôs: idade mínima
de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar; e a obrigatoriedade de
os trabalhadores rurais terem de contribuir para o INSS, o que atualmente não é obrigatório.
Sobre a reforma trabalhista, também em análise na Câmara, Andréa Bolzon avaliou
que há pontos "interessantes", mas é preciso ter "cuidado" para que os
trabalhadores brasileiros não sejam "explorados".
No projeto enviado ao Congresso, o governo propôs 12 pontos que podem ser
negociados entre patrões e empregados e, em caso de acordo, passarão a ter
força de lei.
"A gente confia que o que está em pauta [no Congresso] vai chegar a uma situação
em que a reforma será feita sem colocar em risco direitos adquiridos e as
conquistas históricas do Brasil, como a jornada de trabalho e o direito à negociação coletiva", completou.
Como Niky Fabiancic disse no discurso que o Sistema ONU está "atento" às
reformas defendidas pelo governo Temer, Andréa Bolzon, coordenadora do
relatório de desenvolvimento humano no Brasil, disse, em entrevista que, para o
Pnud, os projetos enviados ao Congresso Nacional abordam temas "importantes"
e, por isso, as Nações Unidas têm "preocupação" com as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
"A reforma da Previdência parece necessária. Alguns fatos precisam ser melhorados
para se ter um sistema mais justo, mas é preciso ter um olhar mais atento às
pessoas com maior vulnerabilidade, para que elas não sejam penalizadas,
especialmente os pequenos agricultores e as mulheres", disse Andréa.
Atualmente, a reforma da Previdência está em análise em uma comissão especial
da Câmara dos Deputados. Entre outros pontos, o governo propôs: idade mínima
de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar; e a obrigatoriedade de
os trabalhadores rurais terem de contribuir para o INSS, o que atualmente não é obrigatório.
Sobre a reforma trabalhista, também em análise na Câmara, Andréa Bolzon avaliou
que há pontos "interessantes", mas é preciso ter "cuidado" para que os
trabalhadores brasileiros não sejam "explorados".
No projeto enviado ao Congresso, o governo propôs 12 pontos que podem ser
negociados entre patrões e empregados e, em caso de acordo, passarão a ter
força de lei.
"A gente confia que o que está em pauta [no Congresso] vai chegar a uma situação
em que a reforma será feita sem colocar em risco direitos adquiridos e as
conquistas históricas do Brasil, como a jornada de trabalho e o direito à negociação coletiva", completou.
Renda
Um dos itens avaliados pelo Pnud para formular o IDH de um país é a Renda
Nacional Bruta. O indicador do relatório tem como base o Poder de Paridade de
Compra do dólar de 2011 (ou seja, quantos dólares se gasta num país para
comprar uma mesma cesta de produtos).
Pelo relatório, a renda do Brasil caiu entre 2014 e 2015 e atingiu o menor patamar
desde 2010, o que, para a coordenadora do RDH, Andréa Bolzon, significou
"retrocesso".
Veja abaixo a evolução da renda no Brasil nos últimos anos:
- 2010: 14.173
- 2011: 14.580
- 2012: 14.472
- 2013: 14.582
- 2014: 14.858
- 2015: 14.145
Para Andréa Bolzon, mesmo com a queda na renda entre 2014 e 2015, o fato de
o Brasil ter mantido o IDH 0,754 mostra a importância dos mecanismos de
proteção social no país.
"Apesar da crise e do aumento da pobrez,a há um colchão amortecedor, que
alivia o que está acontecendo. Como estaria o aumento da pobreza com essa
recessão se não tivessem os mecanismos de proteção social? Estaria pior? Provavelmente", disse.
Um dos itens avaliados pelo Pnud para formular o IDH de um país é a Renda
Nacional Bruta. O indicador do relatório tem como base o Poder de Paridade de
Compra do dólar de 2011 (ou seja, quantos dólares se gasta num país para
comprar uma mesma cesta de produtos).
Pelo relatório, a renda do Brasil caiu entre 2014 e 2015 e atingiu o menor patamar
desde 2010, o que, para a coordenadora do RDH, Andréa Bolzon, significou
"retrocesso".
Veja abaixo a evolução da renda no Brasil nos últimos anos:
- 2010: 14.173
- 2011: 14.580
- 2012: 14.472
- 2013: 14.582
- 2014: 14.858
- 2015: 14.145
Para Andréa Bolzon, mesmo com a queda na renda entre 2014 e 2015, o fato de
o Brasil ter mantido o IDH 0,754 mostra a importância dos mecanismos de
proteção social no país.
"Apesar da crise e do aumento da pobrez,a há um colchão amortecedor, que
alivia o que está acontecendo. Como estaria o aumento da pobreza com essa
recessão se não tivessem os mecanismos de proteção social? Estaria pior? Provavelmente", disse.
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