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Proliferação de algas forma manchas verdes gigantes no Mar Arábico


Para especialistas, mudança climáticas estão acelerando proliferação anormal de algas na região. Fenômeno prejudica ecossistema local.
O Golfo de Omã se torna verde duas vezes por ano, quando uma proliferação
 de algas do tamanho do México se espalha pelo Mar Arábico até a Índia.
Cientistas que estudam a alga dizem que os organismos microscópicos estão
 prosperando nas novas condições provocadas pela mudança climática e 
deslocando o
 zooplâncton que faz parte da cadeia alimentar da região, ameaçando todo o 
ecossistema marinho.
Há 30 anos, as criaturas microscópicas sob a superfície do Golfo de Omã 
eram invisíveis. Agora, elas formam manchas gigantes que podem até ser vistas de satélites.

Proliferações de algas como essas já destruíram ecossistemas em vários locais 
do mundo. A alga pode paralisar peixes, entupir suas brânquias e absorver oxigênio 
de modo a sufocá-los. Baleias, tartarugas, golfinhos e peixes-boi já morreram por 
causa das toxinas das algas no Atlântico e Pacífico. Essas toxinas se infiltraram na 
cadeia alimentar marinha e, em casos raros, provocaram até a morte de humanos.
Ao longo dos últimos 15 anos, os pesquisadores Joaquim Goes, Khalid al-Hashmi e Helga do Rosario Gomes têm monitorado a proliferação desse tipo de alga no 

Mar Arábico usando barcos, satélites e sensores remotos. Goes afirma que 
as algas
 causaram um "curto-circuito" da cadeia alimentar, ameaçando outras formas 
de vida marítima.
"Normalmente essas coisas acontecem lentamente, geralmente em centenas de
 anos. Aqui, está acontecendo do dia para a noite", diz. 

O excesso de algas representa 
uma ameaça para Omã, já que o problema pode afetar a pesca e o transporte 
marítimo.

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