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Mercado é míope quando não valoriza consumidores mais velhos

Se você tivesse um negócio, não ficaria animado com um público consumidor cujo poder de compra global vai ultrapassar R$ 30 milhões em 2020? No entanto, somente 1% dos gastos com inovação é voltado para atender às demandas dessas pessoas.
Que desperdício de oportunidades, não? Pois estamos falando dos que estão acima dos 60 anos, grupo que parece invisível para o mercado, mas que é o que mais cresce no planeta. Os dados constam de uma pesquisa mundial sobre consumo, encomendada pela Tetra Pak, que entrevistou 40 mil pessoas de 27 países, incluindo o Brasil.


Em 2020, os idosos responderão por 31% da renda no Japão; nos Estados Unidos, esse percentual estará na casa dos 24%. Mesmo com as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta, aqui os mais velhos passarão a deter 16% da renda do país, projeção semelhante à feita para Índia e China. Esses consumidores demandam qualidade – são muito mais críticos que as gerações anteriores – e costumam ser fiéis às marcas nas quais confiam. Estão preocupados em ter uma vida saudável e gastam 20% da renda em comida e bebida, enquanto abaixo dos 60 a média de comprometimento do orçamento nesses quesitos é de 18%.


coluna de estreia deste blog já trazia a informação da Organização Mundial da Saúde de que, em 2050, 22% da população será composta de idosos. No Brasil, os mais velhos representam 13% da população e, em menos de 40 anos, esse contingente vai dobrar. Só que, entre os 60 e os 90 anos, há diferentes tipos de consumidores, com demandas bem distintas – de gente ativa e cheia de vigor a indivíduos mais fragilizados. Para os designers e a indústria de um modo geral, é um prato cheio: esse público quer produtos de qualidade, mas também bonitos e de fácil manuseio. Quer embalagens que possam ser abertas sem contorcionismos e que tragam informações nutricionais (além da data de validade) num tamanho legível de letras. Quer serviços compatíveis com seus desejos e necessidades: seja em turismo, lazer ou moda. E, em hipótese alguma, esses baby boomers, sêniores ou idosos – cada um que escolha como pretende chamá-los – querem ser tratados de forma indulgente, como cartas fora do baralho. Portanto, quando o mercado vai ajustar suas lentes e enxergar quem realmente tem cacife para comprar?

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