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Com paralisação no transporte, SP bate recorde de trânsito da manhã de 2017


Cidade registrou 124 km às 7h30. Manifestações contra a reforma da Previdência e Trabalhista também influenciaram no congestionamento.
A Cidade de São Paulo bateu o recorde de lentidão da manhã em 2017 às 8h30 desta 
quarta-feira (15). O congestionamento chegou a 149 km. O recorde anterior foi 
no dia 22 de fevereiro, às 9h30, com 104 km de lentidão. O maior índice já registro 
pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é de 249 km, às 10h, 
no dia 23 de maio de 2012.
Manifestações por toda a cidade e greves nos ônibus e Metrô influenciaram no congestionamento.

Metrô e CPTM

Após começar o dia sem nenhuma movimentação, trechos das linhas 1-Azul 
(entre Ana Rosa e Luz), 2-Verde (Ana Rosa e Clínicas), 3-Vermelha

 (entre Marechal Deodoro e Bresser Mooca) e 5-Lilás 
(Capão Redondo e Adolfo Pinheiro) entraram em operação por volta das 
6h30, de acordo com o Metrô.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou na semana passada uma 
assembleia que determinou a paralisação. Nesta terça-feira (14), eles mantiveram a decisão e definiram o tempo da paralisação, que, a princípio, seria de 24 horas. 
Apenas a 
Linha 4-Amarela, privada, informou que funcionaria normalmente.A Companhia
 Paulista 
de Trens Metropolitanos (CPTM) também adiantou que não pararia as atividades.

Ônibus

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores Rodoviários Urbanos de São 

Paulo também definiu em assembleia uma paralisação das 0h às 8h.
Ônibus das 17 empresas que operam na capital não saíram das garagens. 
Apenas alguns, das empresas permissionárias (antigas lotações), estão circulando. 
A paralisação
 também afeta as linhas da EMTU que atendem a população nas regiões de Guarulhos,
 Alto Tietê, ABCD e na Baixada Santista.
Os terminais de ônibus da Barra Funda, Pinheiros Capelinha, Cachoeirinha,
 Bandeira, Grajaú e Santo Amaro até abriram as plataformas nesta quarta, mas, sem ônibus 
rodando, estavam vazios. Muitos passageiros já sabiam da paralisação e nem 
perderam
 tempo esperando os coletivos. Já os desavisados eram informados no local 
sobre a greve.

No Terminal Varginha, na Zona Sul, um ônibus biarticulado bloqueava o acesso 
dos demais coletivos às plataformas para impedir motoristas que não aderiram a greve de 
pegar passageiros.

Liberação do rodízio

O rodízio de carros e a cobrança de Zona Azul foram suspensos pela Prefeitura.
 Os corredores de ônibus estão liberados para o tráfego de táxis, com ou sem
 passageiros, e ônibus fretados. Durante toda a manhã, até as 12h, carros 
também poderão 
circular nas faixas exclusivas. Já o Viaduto Plínio de Queirós (Nove de Julho) 
foi liberado 

para todos os veículos.

Reformas do governo federal

O governo Temer detalhou, no fim do ano passado, pontos da reforma que 
quer promover na Previdência Social. O texto em apreciação no Congresso 
Nacional prevê, 
entre outras coisas, o estabelecimento de 65 anos como idade mínima para os contribuintes reivindicarem a aposentadoria.

Ainda em 2016, o governo federal apresentou uma proposta para também 
mudar a legislação trabalhista. Uma das ideias é permitir que negociações
 coletivas se sobreponham à lei. Em caso de acordo entre patrão e empregado, 
por exemplo, 
a jornada de trabalho poderia chegar a até 220 horas por mês 
(nos casos de meses com cinco semanas).

Vias bloqueadas

Ruas, avenidas e até rodovias foram bloqueadas contra manifestantes contrários
 às reformas na manhã desta terça-feira. Na Dutra, um grupo chegou a interditar 
todas as faixas da via no sentido de São Paulo

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